Enquanto permaneço aqui sentado, Sem nada para fazer, Ponho-me a relembrar o passado E em tudo que pude e não viver.
Repentinamente vem-me à memória Uma lembrança de tempos memoráveis Passados no interior de São Paulo, Quando todas as coisas eram possíveis.
Vejo-me sentado numa cadeira, No banco da pequena rodoviária, Diante de um box com muitas flores E aquela jovem sentada em meu colo.
Vejo as pessoas nos olharem Com olhos desconfiados, indignados.; Pois somos um jovem casal de namorados E aquilo é uma pouca vergonha.
Vejo aqueles momentos inesquecíveis Cuja felicidade parecia não ter limites Onde tudo era encanto, amor e beleza, Onde não havia desilusão e fracassos.
Tento reter aquele pequeno fragmento De recordação em minha memória, Mas subtamente ouço alguém me chamar E tudo fica perdido no tempo...