Abre-se a grande cortina
Para os poetas da Usina
Que querem compor, cantar,
Na escrita ou no repente
Sua terra e sua a gente
Com as belezas do lugar.
Nesta tarde alvissareira
Vem Rubênio de primeira,
Vem Domingos, o briguinlim,
Daniel, Dantas, Bandeira,
Enfim, vem a raça inteira
De vates com o mesmo fim.
Uns cantam a terra querida
Outros-protestos em lida
Contra uma gente penada;
E os que mais querem cantar
Cantam o canto e o ruflar
Das asas da passarada.
Eu que não canto, nem choro
Pego do lápis e imploro
O saber que rompe o nó
Pra manter, acelerada,
A marcha continuada
Que leva ao Mundo Melhor.
|