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Cartas-->A voz que fala por dentro -- 16/01/2003 - 00:17 (DENIS RAFAEL ALBACH) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A voz que fala por dentro

Hoje me ponho a escrever como se a tela do computador guardasse para si tudo o que contém do meu coração. Não sei ao menos explicar o que se passa ao meu redor. Mas como é normal a todos os humanos parar um dia e refletir, hoje estou aqui. E escrevo estas palavras a alguém que posso tê-lo como um amigo. Podemos passar muitos instantes juntos. Às vezes, mesmo longe, estamos mais pertos do que imaginamos. Talvez você entenda estas palavras de imediato ou leve algum tempo para captar estes sentimentos. Não tento falar por mim, porque apesar de sermos únicos, somos todos muito parecidos.
Uma vez ouvi alguém falar que se trocássemos de vida com outra pessoa,estaríamos apenas trocando de dores. Talvez você seja igual a mim que estando um dia sem ter noção da vida, sem alcançar seu olhar a nenhuma expectativa do futuro, tenha parado uma hora e refletido as coisas mais profundas e também as mais superficiais que tenha vivido.
Muitas vezes imaginamos coisas. Aliás, estamos sempre imaginando e formando mundos fantasmáticos Criamos mundos irreais e fictícios e neles pomos personagens que são pessoas as quais gostaríamos que existissem. É certo que ninguém pode viver a vida do outro, nem sentir numa proporção exata o que o outro sente e o que o outro vive. Aí se cria uma busca incansável que leva ao caminho da ilusão.
Estamos acostumados com a vida que levamos. Temos amigos que são sempre parecidos e sempre são iguais. As pessoas que conhecemos elas nos enjoam numa certa altura . E juntando tudo, só nos sobra espaço para lembrar que tudo o que não alcançamos na vida, é tudo de mais importante que ainda nos falta.
Olha para os lados e vê sempre as mesmas paredes. Onde há graça em tudo isso? Quem sabe precise-se de uma mudança. Mas por onde começar? Será que tudo isto que não vejo é a causa da minha ilusão?
No mundo que criamos, diferente da vida que se leva, inventamos pessoas especiais que estarão sempre a nosso dispor. Fabricamos personagens ideais. Tudo construímos para que nos dê um instante de felicidade passageira. Os amigos que formamos não são pessoas de verdade. Não são pessoas que sentem dores, paixões,ilusões, amores perdidos,sofrimento, etc. E elas nem precisam de carinho como precisamos de afetividade.
Mas essas pessoas são sempre prontas e preparadas para nos passar uma ilusão prazerosa. Jamais criaríamos, pelo poder de nossa mente imaginária, pessoas que nos fizessem algum mal ou nos apontassem algum defeito, porque tudo o que imaginamos foge da realidade em que vivemos.
Assim,com esses companheiros que trazemos conosco dia por dia, nos sentimos seguros e fundamentados. Todas as nossas ações terão uma causa primeira e um juiz que irá nos perdoar pelo modo que somos.Também criamos nosso juiz,um advogado defensor que se torna nosso confidente e amigo íntimo. A ele levamos nossas dores e nossas culpas, as nossas falhas e os nossos defeitos. É por isso que vivemos sempre presos a nós mesmos. Apegados aos sentimentos que nos incomodam,mas que não abrimos mãos deles.
Acreditamos fielmente que a voz que fala por dentro nos levará a algum lugar especial. Ela mesma tem dito que existe um lugar especial. E essa fantasia é o que leva um dia seguir outro dia.Sempre se pensa que o sol do dia de amanhã será diferente do dia de hoje.Sempre queremos ir a algum lugar diferente, a algum lugar especial e neste lugar encontrar as pessoas que um dia criamos em nossa mente. Quando caracterizamos a pessoa da nossa vida,que ainda não conhecemos,mas que fabricamos nos dias dos nossos desejos, esperamos encontrá-la sempre em breve, mesmo que ela não chegue quando mais ansiamos. De uma coisa já se pode ter certeza, que a pessoa esperada não irá vir num dia de sol diferente. Ela é tão comum quanto o sol do dia de ontem.
Os dias de carências são os dias que melhor fazemos coisas boas ou onde fazemos nossas mais variadas loucuras. Cremos em nós mesmos que nos perdoamos se fazemos alguma coisa além do padrão nos dias de solidão e devaneio. Não há quem nos condene ou nos julgue sem nos perdoar quando erramos nos dias de nossas carências.

Leia na sequência:

Avoz que falapor dentro II
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