171 usuários online |
| |
|
Poesias-->Galeria Brilhante -- 05/10/2000 - 13:26 (Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior) |
|
|
| |
Ó querida, vamos subir...
Explodiu
Estamos levitando. Agora nossos pés flutuam
Sopra o vendaval e vamos lá.
Estou vendo o planeta negro circundado de anéis
Toque a nota musical certa e faça da água cristal
Ouça a voz sussurrar para o tapete:
“Da fruta que você come o caroço é o que eu quero”.
Mas é só o piano de asas de bronze.
Luzes verdes definham no escuro da noite
Nascem sombras de renda no teto.
No mar uma pequena onda, trêmula e fria
Molha a palma das mãos do mármore.
Do outro lado do planeta, um lago sereno, cheio de cisnes,
Imita o céu risonho, bailam silentes as libélulas na superfície.
No fundo o olho do relógio transborda de verde úmido.
Lá na cidade as abelhas oram contra os pratos
& afogam os ferrões nos dedos de quartzo.
A mariposa de veludo nem bem suspira no relâmpago
& o pescoço já entrou no cio.
Enfim as bananas perguntam às violetas:
“Mas é inútil a verdade absoluta?”
|
|