Usina de Letras
Usina de Letras
53 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62193 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10352)

Erótico (13567)

Frases (50598)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Antigamente -- 05/10/2004 - 04:18 (joão rodrigues barbosa filho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Das coisas de que eu lembro
Dos idos da minha infância
Uma é Vic-Maltema
De saborosa fragância
Parece que era caro
Pois lá em casa era raro
Mas dava muita sustância

Ainda peguei a escrita
Feita a caneta de pena
A que usava tinteiro
Hoje até parece lenda
Não sendo nada temática
Veio a esferográfica
De escrita bem mais plena

Nos dias de domingo
A gente fazia um festão
No Cinema Rio Grande
Era a nossa diversão
Flash Gordon ou Tarzan
Toda mente era sã
Comendo um bom torrão

Para o colégio se ia
Houvesse chuva ou sol
E no banho se usava
O Sabonete Eucalol
E para que ninguém esqueça
Quando doía a cabeça
Usava-se o Cibazol

Era um tempo muito bom
Que eu lembro com tristeza
Como o mundo mudou
Hoje tem muita torpeza
Eu ia sempre na praia
pra ver tomara que caia
De Sandália Japonesa

Lembro-me que me vestia
Inclusive de marom
Nycron,Tergal, bons tecidos
E com cor de todo tom
Brincava-se com afinco
E nunca se perdia o vinco
Nem amassava a Ban-Lon

Lembro-me que já fumava
Mas isso é outra história
E dela eu não me gabo
Não é nada meritória
Não se conhecia o Panda
Baliza, Columbia, Yolanda
Asas e o velho Astória

O tempo se foi passando
E não sei bem o que houve
Tinha falta de verdura
Poucos comiam boa couve
Parece uma heresia
Mas ali já existia
Um posto pra Land Rover

Lembro-me dos veados
Dos que eram conhecidos
Contava-se com os dedos
Hoje desaparecidos
Ligeirinho era um estouro
Leonardo Cu de Ouro
Sem contar os enrustidos

Camisola, califon
Combinação ,espartilho
Como era bom ver Durango
Que era bom de gatilho
Ouvir um Rádio Transglobe
Não sei bem o que houve
Nada nos restou daquilo

Praça Hillman e Austin
A gente podia ver
Eram de carros de praça
Pra alugar não pra vender
E você me acredite
Tinha praça só de Jeep
E também de DKV

Asfalto por lá só havia
Na Hermes e na Potengi
Presente de americanos
Que estiveram por aqui
O resto era calçamneto
Assentado sem cimento
Mas dava pra ir e vir

A velha Maternidade
A mesma Januário Cicco
Onde paria indigente
E também mulher de rico
Ajudou a muita gente
Hoje não é diferente
Com este pensamento, fico

Carros poucos havia
E era fácil de comprar
Chegavam aqui de navio
Vindos da América de lá
Prefect com freio a varão
Mack, só caminhão
E ainda havia o Packard

Eu sonhava ter um deles
Era um sonho que eu tinha
Cadilac conversível
Ou mesmo uma baratinha
Meu pai desse: não se queixe
Se queres um Rabo de Peixe
Coma um rabo de sardinha

Pois essa já existia
E também o bacalhau
E que aos pobres se dava
Em abril e no Natal
Isso sem estrdalhaço
Hoje em mesa de ricaço
É o prato principal

Caderneta de bodega
Onde tudo se anotava
Pois se não tinha dinheiro
Pra alimentar a filharada
E chegado o fim do mes
Ali pagava o freguês
Só havia gente honrrada

Como os tempos mudaram
Motivo da minha tristeza
Pobre sempre existiu
Mas eles sentavam à mesa
Hoje os vemos no lixo
Comendo junto com bicho
O almoço e a sobremesa
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui