Você insiste em congelar minhas lembranças:
- Morte, Morte, você tem rondado!...
Espreita o medo, monitora a impotência,
e aguarda paciente que adormeçamos
para sobressaltar-nos no meio da noite,
o soluço (sentido!...) perdido no escuro do quarto.
Peço-lhe que se afaste!...
Não traga a chuva forte e o vento frio
para que denunciem uma patética manhã.
Precisamos constatar calor nos corpos amados,
e não a frieza de sua dança em círculos,
angustiante ausência de ritmo ou compasso.
.
|