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Cordel-->DOCES LEMBRANÇAS DA INFÂNCIA -- 27/09/2004 - 11:54 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


DOCES LEMBRANÇAS DA INFÂNCIA
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Vinte e Sete de Setembro
A data é bem lembrada
Guardada na minha mente
Lembrança açucarada
Na escola, bem cedinho
O meu primeiro saquinho
E de toda’a meninada

Pipoca, Maria-mole
Doce de leite e cocada
Quebra-queixo e suspiro
A boca toda melada
Agarrado na sacola
Esperava na escola
O início da jornada

O sinal pra ir embora
A sirene se ouvia
Para’ alegria de todos
A escola em gritaria
Em busca de mais confeito
Atrás do nosso direito
De sacola a gente ia

Logo na primeira rua
Na fila, a gente entrava
A senha presa no dedo
O meu pacote indicava
Mais um saco adocicado
Pirulito e bom-bocado
Muito feliz eu ficava

A casa da Dona Tereza
Nossa próxima parada
Brinquedo e chocolate
A doação esperada
A devota de coração
De São Cosme e Damião
Já sabia, a molecada

E assim , de casa em casa
Suado e sempre correndo
A gente passava o dia
A sacola só enchendo
Nossa mãe preocupada
Co’ a demora da chegada
Embora de tudo sabendo

Vinte e sete de setembro
Todo ano repetia
Aquela corrida de sempre
Em busca da alegria
Um misto de brincadeira
E de crença, verdadeira
Que toda mãe nos dizia

Cumprimento de promessas
De doente, que ficou são
Seu pedido foi aceito
Por São Cosme e Damião
Por isso a oferta fazia
Tantos anos, se cumpria
Sua eterna gratidão

À tarde, de bucho cheio
A língua já se perdia
Com misturas de sabores
Nada mais reconhecia
Se era doce ou salgado
Muito seco ou molhado
O que agente comia

Hora de voltar pra casa
A noite no céu indicava
Com um grupo de amigos
Perto de onde morava
Fazíamos o balancete
Amendoim por sorvete
Muita coisa se trocava

E o tempo foi passando
Acabou-se o melado
A minha fila é outra
Fila do aposentado
Atrás de um documento
Pra fazer um tratamento
Quase sempre demorado

Acabou-se o que era doce
Diz o velho ditado
A velhice não demora
Presente vira passado
A sacola do meu rosto
Está cheia de desgosto
O doce ficou salgado

De mãos dadas co’a certeza
Resta, ainda, a esperança
Diz que velho, algum dia
Sempre volta a ser criança
Portanto, e de coração
Peço a Cosme e Damião
Anos doces de lembrança

............................

ORAÇÃO DE SÃO COSME E DAMIÃO



São Cosme e Damião, que por amor a Deus e ao próximo vos dedicastes acura do corpo e da alma de vossos semelhantes, abençoai os médicos e farmacêuticos, medicai o meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra a superstição e todas as práticas do mal.

Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e protejam todas as nossas crianças. Que a alegria da consciência tranqüila, que sempre vos acompanhou, repouse também em meu coração. Que a vossa proteção, Cosme e Damião, conserve meu coração simples e sincero, para que sirvam também parar mim as palavras de Jesus: “Deixai vir a mim os pequeninos, porque deles é o Reino do Céu.” São Cosme e Damião, rogai por nós.

27 de setembro de 2004






































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