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Cronicas-->Balé -- 31/12/2002 - 14:08 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Silêncio absoluto. Tudo escuro. Depois iniciou a música. Um violino apenas, um solo magnífico, de autor desconhecido. Depois uma luz modesta. De repente surgiu, não se sabe de onde. Rodava como um peão e, de tanto rodar, não dava pra perceber o que era. Depois diminuiu a velocidade e, aos poucos, foi se mostrando.

Era uma bailarina. Destas que se vêem nos grandes teatros. Destas que usam aquele vestido clássico e sapatilhas. Destas que rodopiam com graça sobre os pequenos pés. Destas de corpo esbelto e pele delicada. Destas que parecem pairar acima do palco. Destas que quase voam. Destas que disfarçam o vóo, fazendo parecer saltos.

Depois parou. Um instante apenas para então seguir seu bailado com saltos. Não estes saltos de acrobata que muitas vezes se vêem. São movimentos suaves, acompanhando a música, pequenos vóos. Entre um e outro, paços leves, acompando o som do violino. Depois voltou a rodopiar lentamente, com gestos delicados acompanhava a música. Um violino apenas, mas era o que bastava.

Depois rodou tão rápido que já não se percebia. Sabia-se que era uma bailarina, mas já não se podia ver. Como estes beija-flores, sabe-se que têm asas, mas não se pode ver. Continuou rodando. Depois sumiu, não se sabe pra onde.

A música terminou suavemente. Tudo escuro. Silêncio absoluto.



Escrito em 23.07.2000
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