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Poesias-->15. VERSOS SEM POESIA -- 09/10/2003 - 06:26 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


“Medo da mediunidade

É ocorrência mui comum.;

É na espiritualidade

Que se treina qualquer um.”



O nosso roteiro de agora

Inclui um quarteto perfeito.;

Se não for possível p ra nós,

Então o escrevente dá jeito.



São versos de oito sílabas

Os que acima se alinharam,

Mas voltemos aos de sete:

Os amigos estranharam.



Realmente, não são felizes

Aqueles versinhos de oito,

Pois, para que fossem perfeitos,

O acento devia ser oitro.



Não gostamos de inventar,

Pois deixa este amigo incerto:

Ficam os olhos no ar,

E o coração, um deserto.



Não está propício o dia

Para versos bem cuidados,

Mas façamos, co alegria

Os que nos forem mandados.



Eis que a última quadrinha

Se fez rápida, num jato.;

Preencher mais uma linha

Vai ser “o maior barato”.



Retomamos nosso fôlego,

Respiramos largamente,

Porque já nos sufocávamos

Com tal ânsia do escrevente.



Que bom é só escrever

Sem grande preocupação:

P ra depois passar a ler,

Sem “grilos” no coração.



Se tivermos mais um dia

Para treinar livremente,

Achamos que chegaria

Inspiração para a gente.



Pedimos ao bom amigo

Que se aflija só um pouco,

Que o ditado bem antigo

Diz do poeta e do louco.



Vamos ter de concluir

Este nosso treinamento.;

Prepare-se, Wladimir,

P ra terminar o tormento.



Vai dizer-nos nosso amigo

Que o tormento é todo nosso:

— “O que se passa comigo

É que eu faço o que posso.”



Aceitamos a palavra

Que sabemos ser sincera.;

É ele o autor desta idéia

Que mais ama quem espera.



Estamos voltando ao abrigo

Destes versinhos de oito metros

Quem quiser versejar comigo

[“Ponha a coroa e pegue os cetros.”]



Vamos encerrando o dia,

Deixando no ar a prece:

Que a Deus dá muita alegria

Um coração que agradece.



Pois estamos mui contentes

Da existência que levamos:

São os textos comoventes,

São flores de santos ramos.



E se os versinhos são frouxos,

Cumprem bem sua missão,

Pois nos enchem de alegria,

Ao final da obrigação.



Se nós quisermos saber

P ra quando será o dia,

Vai ser preciso entender

Que há versos e não poesia.



É só treino puro e simples,

Sem um conceito profundo:

Às vezes, são bons os versos,

Mas não tocam todo mundo.



Estamos cumprindo à risca

As ordens dos professores.;

O nosso médium nem pisca,

Com medo de obsessores.



Vamos fechar o quarteto

Voltando à mediunidade.;

Sabemos que é certo o medo,

Mas estamos à vontade.



Agradeça o amiguinho

Mais este dia da graça,

Porque, p ra cada versinho,

Era preciso ter raça.



Vamos fechar este treino

Lamentando ser tão pouco,

Pois, se fôssemos poeta,

Estaríamos bem rouco.



Vamos marcar este dia

Com algo bem proveitoso:

Exultemos de alegria,

Cantemos em puro gozo.



Senhor, queremos fazer

Dos versos o nosso hino,

Para vos agradecer

A bênção do amor divino,

E ao bom Jesus bendizer

Este sonho de menino.



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