O TEMPO
O tempo!
São dois polos, são dois olhos
escorre entre mãos, brinca com sentimentos
disfarça, traduz, prende... Não escapo!
Tenho amarras preso ao invisível,
nenhum rosto, pura imaginação...
Por vezes a paixão, por vezes a ilusão,
O belo e o infinito, elos por um fio!
O tempo,
destila pelo prazer da dor
e, recolhe os beijos que me destes,
(Ai, Teus beijos tem fogo!)
ainda que sejam em sonhos...
Talvez mistérios, talvez labirintos,
bem sabes...
E, quando ao acaso o meu tempo determinares
do teu tempo beberei o cálice do teu ser...
A alma, minha alma! Luz da aurora
reluzirá mente e corpo
andará sobre o prazer dos teus sonhos
romperá as tuas madeixas,beijará teus lábios
e dos meus olhos verás um céu de cor!
O tempo lampeja! O tempo conspira...
Me diz então? Ai de mim!
Serei fugitivo de um tempo, o caminho?
Em um ponto, qualquer ponto... A travessia!
Nhca
out/00 |