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Cordel-->Voto incorreto -- 24/09/2004 - 10:46 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos









O valor do voto nulo
candidato não explica;
se pergunto, fica fulo,
sem saber a gente fica.

Mas custa muito saber
o quanto que ele vale;
pra você bem entender,
peça que alguém lhe fale.

Quem vai votar e não sabe
qual o melhor candidato,
talvez, por aqui, acabe
com dúvida, mais sensato.

Vale a pena entender
a diferença que há:
voto em branco fazer,
ou um voto nulo dar.

Voto em branco não é
ato de contestação
de quem jamais levou fé,
de quem tem opinião.

Se você em branco deu
seu voto na eleição,
não é que não escolheu,
do seu voto abriu mão.

"Tanto faz" foi o que disse
quando em branco votou;
"qualquer um, é a mesmice",
não sabe que se danou.

Protesto você não fez
se, assim, você votou;
apenas, perdeu a vez,
seu voto não anulou.

Pra fins de apuração,
voto em branco favorece
ao de maior votação;
mesmo a quem não merece.

Havendo dois candidatos,
Gatuno e Raposão,
querendo votos dos patos,
qual será a solução?

Cinquenta e dois por cento
levam Gatuno ao pódio e,
neste mesmo momento,
Raposão morre de ódio.

Ele só tem trintecinco,
dez por cento são brancos,
três são nulos; com afinco
calculamos, aos arrancos.

Três por cento dizem “Não!”
a ambos os candidatos,
Gatuno e Raposão.
Dez por cento são dos patos

que estão bem satisfeitos,
pois, tanto faz o Gatuno
ou o Raposão eleitos;
isso conclui o aluno.

Gatuno, neste exemplo,
tem boa aceitação;
somo os brancos, contemplo
os votos que tem na mão.

Sessenta e dois por cento
levam Gatuno, de vez,
a conseguir seu intento,
com voto branco indez.

O problema é que há
muita pressão pra votar,
mas ninguém quer explicar
no que a escolha dá.

Voto nulo é protesto
mais válido do votante;
é o seu bom manifesto.
Contra todos protestante,

diz que nenhum satisfaz.
Seu desejo de votar
em candidato capaz
é que o faz anular

seu voto, que manifesta
sua recusa em dar
apoio a quem detesta
ver no poder assentar.

É um voto democrático,
a opção que lhe permite
descartar qualquer lunático,
pondo no voto rebite.

Voto nulo é de quem
tem fé na Democracia,
mas nas instruções não vem
dica dele na porfia.

Explicam como votar
em branco, ou em alguém,
nunca como anular
pra não dizer “Amém!”






Pra seu voto anular,
pra urna você caminha,
firme, sem pestanejar,
como um galo em rinha.

É preciso digitar,
seu dedo vira espora,
o teclado vai mostrar
logo, ele não demora,

lugar pro número pôr
de candidato qualquer.
Você digita, sem dor,
número que você quer,

que não é do candidato,
que seja inexistente,
que põe o bicho no mato,
sem cachorro, renitente.

Para em branco votar,
o terminal lhe avisa
e pede pra confirmar,
ou corrigir o que visa.

Mas se você digitou
número inexistente,
ele diz: “Você errou,
corrija rapidamente!”

Assim, nos desestimulam
a nossos votos anular,
quase que nos estipulam
que devemos branquear.

Por quê que os votos nulos
são por tantos desprezados?
Seriam eles tão chulos,
pra ficarem tão calados?

E por quê eu deles falo?
Gatuno e Raposão
sabem que eu não me calo,
pois, nessa eleição,

se Gatuno alcançar
quarenta e dois por cento
e se Raposão rapar
uns trinta nesse momento,

sendo brancos dez por cento
e dezoito anulados,
teremos novo evento,
cercamos ambos os lados.

Tem-se outra eleição
e os que foram votados,
Gatuno e Raposão,
não podem ser registrados.

Ou seja, o voto nulo,
sobre o qual ninguém fala,
que é dado como chulo
pelo terminal na sala,

é o único que pode
anular a eleição
e criar o maior bode
com sua propagação.

Candidatos são trocados,
novo escrutínio urge,
Assim conscientizados,
nova atitude surge.

Quando você não quiser
nem Gato nem Raposão,
agora, tá de colher,
faça su’anulação.

Não vote nunca em branco,
vendo o rio passar.
Nunca fique no barranco,
saiba como navegar,

afogando as piranhas
que querem se eleger.
Invocando essas manhas,
cidadão você vai ser.















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