[Esse título, meus caros, foi tirado de um subcapítulo dum livrinho chamado O Que é Pós-Modernismo, da Coleção Primeiros Passos.]
No meu poema -- e aí, Bela, será que não tenha alma de poeta em devaneio? -- De Pé na Gosma falei da relação mãe/filha e do dia das mães num xópin cênter.
Esses Primeiros me ajudaram mesmo a dar Primeiros Passos. A série dos anos 50 aos 70 originou o meu Da New Wave ao Grunge, aqui publicado com inspiração naqueles pequenos volumes.
O que é Rock, do Paulo Pan Chacon, até hoje me pede uma réplica. Em primeiro, quem seria esse? Devia ser um trotsquista (Libelu?) amigo do Caio Prado Júnior. No livro inteiro ele dava explicações engraçadas, dizendo que negar o valor de Janis e Jimi para o rock era fazer como o Stálin, que negava o valor do Trótski. E que negar o rock era negar os tempos. Quem não entendeu o rock, dizia ele, não entendeu a Maria Antônia (custei a saber que ela foi uma batalha entre estudantes nos anos 60, e não uma roqueira obscura, estilo "Maria Batalhão"). E Chacon (parente do ator Thales Pan Chacon?) levantava pelo menos uma questão interessante: Bob Dylan também foi vaiado pelos fãs radicais de folk, quando apresentou-se com guitarras elétricas num festival famoso, parece que em Newport. Chacon comparou Dylan ao famoso discurso histérico-histórico-historicista de Caetano: "Você vão sempre matar amanhã o velhote inimigo que morreu ontem!" Quem seria esse velhote? "Se vocês forem em política como são em estética, estamos feitos!" Ora, ora, se não foi a motivação de trazer a política para a estética que motivou a vaia...Claro que é um discurso contra o autoritarismo da esquerda, agora confortavelmente consagrado e social-democratizado. Todo mundo faz esse tipo de discurso contra a esquerda de ontem. E até contra a de hoje. A esquerda continua sem ligar para a estética. O programa do PT terminou com Zezé de Camargo e Luciano, há uns tempos atrás. Na verdade, demos uma guinada de 360 graus...
