Usina de Letras
Usina de Letras
70 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62240 )

Cartas ( 21334)

Contos (13265)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10368)

Erótico (13570)

Frases (50639)

Humor (20031)

Infantil (5436)

Infanto Juvenil (4769)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140810)

Redação (3307)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6194)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Teatro de Amores -- 07/10/2003 - 20:32 (Humbert Miller) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A platéia se acomoda

As luzes do palco se acendem

O espetáculo inicia



Você coloca sua máscara

As tuas lágrimas são falsas

E tua rosa é de plástico



Tuas palavras todas falsas

Pois tua fala ensaiada

Havia sido já escrita



Você não tem o que temer

Pois tudo isto é fantasia

E nós, apenas personagens



O enredo é fraco e não tem nexo

Mas boa intérprete tu és

E sabe fingir muito bem



Alguém assiste e se comove

Você o olha e se jubila

É mais um tolo a acreditar



É mais um tolo, como eu

Que em você acreditei

Em ti, atriz e charlatã



Mas tola você também é

Você mesma chegou a crer

Na tua própria pantomima



Os teus clichês estão passados

E você acha até que pode

Ainda ter final feliz



Mas és esperta, afinal

Ao conseguir o que queria

Caíste logo na real



O que querias era aplausos

Satisfação pra tua cena

Glamour pra tua vaidade



Você se acha uma rainha

Mas a coroa que tu usas

De ouro não tem nem o brilho



Teu coração não sente amor

E teu nariz não reconhece

O doce aroma de uma flor



Você me diz: não tenho culpa

‘É assim mesmo que eu sou’

Mas já não sabes quem tu és



Juras de amor você me fez

Eu também disse que te amava

Infelizmente tu mentiste



E quando eu menos esperava

Você largou a personagem

E me deixou sem entender



Mas tudo isso é passado

Teu espetáculo é findo

Não pisas mais no meu tablado



Está escura a ribalta

E abaixadas as cortinas

Não há ninguém mais na platéia



Já não tens mais o meu amor

Já não tens mais de nenhum outro

Tua caravana está vazia



E o teu circo está falido

Pois já não tens nenhum palhaço

De quem tu possas gargalhar



A tua máscara quebrada

Já não esconde tua face

De maquiagem, tão borrada



Teu figurino já não vestes

Rasgou-se feito seda podre

Em tua trágica saída



Se acaso à minha porta virdes

Não sei quem és, não reconheço

Pois pra mim fostes personagem



Procura pra ti um teatro

Um novo público procure

E vá fazer o que mais sabes



Não te esqueças ao final

Curve-se ante a platéia

E pelo menos agradeça



E pelo menos agradeça

Pois sem os tolos que te assistem

Terias que ser verdadeira



E pra dizer-te a verdade

Não és assim, tão atraente

Se não és falsa, como sempre
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui