Usina de Letras
Usina de Letras
151 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62219 )

Cartas ( 21334)

Contos (13262)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10362)

Erótico (13569)

Frases (50612)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140800)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Um olhar na multidão -- 06/10/2003 - 21:39 (Ernane Calado de Souza Melo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estavas do outro lado,

Sentada àquela mesa,

O olhar distante.

Triste parecias.

Nada afetava a tua beleza.

O barulho à tua volta

Era como se não existisse.

Pensando em quê estarias?

Nos problemas, nas crianças?

Ou estarias sonhando,

Teu próprio mundo criando?

Não quis perturbar o teu sonho,

Melhor deixar sonhar sozinha.

Crianças a correr, a brincar,

Pulando, sorrindo, gritando.

As tuas crianças, as minhas.

Me deu vontade de estar

Entre elas partilhando

A infância que já vai longe,

De te ver, de me ver brincar.

Os brinquedos eram outros,

Os tempos eram outros

Mas o prazer era o mesmo.

O carrocel a girar...

Não havia naves espaciais,

Carros ou dinossauros,

Apenas os cavalinhos

Subindo e descendo a galopar.

E o carrocel a rodar...

Meu olhar distante também

Se perdeu na multidão

De anônimos a passar,

Num vai-e-vem incessante,

Abrindo e fechando janelas.

Olhava para tudo e nada via,

Exceto o teu rosto na multidão,

Entre as janelas que passavam.

De repente, nada mais havia,

A não ser nossos olhares

Que se cruzaram por um instante.

Não sei quanto tempo durou.

O barulho, a multidão, o carrocel,

O tempo, as crianças, tudo parou.

Me vejo em pé, caminhando

Devagar, em tua direção...

As crianças que brincavam

As pessoas que passavam

As janelas que se fechavam

E eu te perdia na multidão.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui