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Cordel-->DEPOIMENTO DE MALANDRO -- 10/10/2001 - 02:49 (joão rodrigues barbosa filho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Seu Delega,este é o patuá
Levei um gelo da coitadinha
E aí eu fui esquinar
Uma outra da mesminha
Pra arrumar minha quentinha
E meu linho ensaboar

Dei uma bordejada
Abasteci a caveeira
Afanei um embrulhador
Eu procurava empreitada
Das que fossem rendeira
Mas nada disso pintou

Vi um pára-quedas se abrindo
Fiza pista, colei e solei
E ela ficou sorrindo
Com a dica que lhe dei
E para meu lado veio vindo,
Foi então que reparei...

A vivaldina adernou
Atás pesado cargueiro
Para a mesma assoviou
E o papai por ser matreiro
Mas já não tão faceiro
Fingiu ler o embrulhador

Quando menos esperei
A coisa tava danada
Um cataplum eu levei
E fui beijar a calçada
Mas logo me levantei
Com uma ira bem irada

Acertei com meu pisante
No meio da dobradiça
Ele caiu num instante
E levantou com preguiça
Dei-lhe então um rasante
Que quase que acaba a liça

Dei-lhe uma muqueada
Joguei os pés na caixa de mudança
Uma figura estatelada
Não acompanhava a dança
Sua fuça amarrotada
Mais parecia frevança

Quando a máquina sacava
Papai aqui virou pulga
Dua espoletas queimavam
Cuspindo assim duas uvas
E o Zezinho se picava
Tirando o cavalo da chuva

Peguei um pé de borracha
E tomei chá de sumiço
Aquilo não tinha graça
E eu tinha um compromisso
Pois marcara com um comparsa
Um trabalho num chouriço

Enredei-me lá na Lapa
Procurando minha gangue
Assim que cheguei na praça
Chegava o cargueiro grande
E disse daqui não passa
Filho de Mulher do Mangue!

Saquei da minha Solíngea
E lhe abri uma avenida
E a alma alienígena
Por pouco não perde a vida
E eu parecia um indígena
A olhar para a ferida

Chegaram os Santos Irmãos
E não teve mais conversa
Jogaram-me num camburrão
Sem ter nisso muita pressa
Bateram em mim de montão
E só escapei por promessa

É só esse o motivo
De eu estar presente aqui
Penso se estarei vivo
Quando daqui eu sair
Pois não gostei do convívio
E peço que deixe eu me ir
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