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cronicas-->Globalização -- 27/12/2002 - 19:21 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu tenho um amigo que defende a tese de que a verdadeira globalização se dá através dos camelós do mundo inteiro. De Foz do Iguaçu a Nova York, passando por Brasília e Feira de Santana, em Roma, Paris ou Amsterdã, quando chove, sempre há alguém oferecendo um guarda chuva, sem nota ou procedência. Pelo mesmo preço. Algo entre cinco e quinze dólares, dependendo das características do guarda-chuva e da chuva. Se cai um dilúvio, naturalmente, o preço sobe. Quando diminui a intensidade, o preço diminui proporcionalmente. A velha lei da oferta e da procura em plena ação, no mais livre dos mercados, as ruas das grandes metrópoles.

Passada a chuva, os camelós desaparecem como que por enquanto e logo renascem vendendo óculos de sol ou cortadores de unhas. É o mercado, o produto certo para a ocasião certa, a sempre presente preocupação com as necessidades do cliente, o faro aguçado para as oportunidades que surgem a cada hora. Não posso deixar de dar razão a este meu amigo.

Você pode observar e poderá concordar com meu amigo. Estes camelós de ocasião, são iguais em qualquer lugar do mundo. Aparentemente são todos membros de uma grande multinacional. Os produtos são os mesmos, como a qualidade. A aparência, a despeito das diferenças étnicas também não é muito diferente, como não é diferente o trajar.

Pois é justamente esta unanimidade que suscita questões. Como diz o bordão, há controvérsias. Há quem diga que não é bem assim, que enxergá-los como negociantes de faro inclui uma certa dose de ingenuidade. Na realidade, este pessoal não passa de um grande e organizado grupo de manipuladores. Senhores do tempo, das chuvas, trovoadas, aumentam e diminuem a intensidade das chuvas segundo seus estoques deste ou daquele produto.

A favor desta corrente há o fato óbvio de que certas chuvas duram apenas o tempo necessário à compra da pretensa proteção. Há ainda quem defenda a idéia de que estes guarda-chuvas possuem um dispositivo de retorno. Algo semelhante à habilidade dos pombos correios em voltar ao seu lugar de origem, tão logo seja possível. Não tenho provas, mas muitos haverão de atestar perdas de guarda-chuvas, pouco tempo após sua aquisição.

Não sei, parece um pouco fantasioso. Nunca se sabe.


Escrito em 25.12.2002
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