Usina de Letras
Usina de Letras
151 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62219 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10362)

Erótico (13569)

Frases (50614)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140800)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->O SEGREDO DE MATUSALÉM -- 26/04/2003 - 00:11 (Rose de Castro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O segredo de Matusalém
(por Athos e Rose de Castro)

Capítulo I

Athos Ronaldo Miralha da Cunha

Cedo da manhã, um carro branco corta velozmente a cerração da cidade. A avenida Borges de Medeiros está pouco movimentada naquele horário. As lâmpadas amarelas dos postes do canteiro central iluminavam as brumas daquela fria manhã.
O dia estava amanhecendo e o carro branco, com um casal, atravessa o sinal vermelho no cruzamento de duas avenidas. Três quadras a diante, o carro dobra à direita, numa rua pacata da metrópole, segue para um bairro de classe média e estaciona em frente a um sobrado totalmente gradeado. Uma discreta câmara no beiral anunciava, para o interior da residência, os movimentos na rua. A padaria do seu Olavo ainda estava fechada e apenas um cão revirava algumas latas de lixo.
Pontualmente 6 h 30 m da manhã de um domingo qualquer.
A noite fria sumia com os primeiros clarões do dia. A manhã vencia a disputa com a com a noite e encerrava mais um ciclo na vida da cidade que acordava lentamente.
Conforme o combinado, um leve toque na buzina anunciaria a chegada.
Mauro era um solitário em sua bela residência, estava na cozinha tomando um “café-de-mão-no-bolso”, como dizia seu pai. Esboçou um sorriso no canto dos lábios e imaginou o velho Doralino, naquela mesma cozinha, há poucos anos, tomando o seu café com a outra mão no bolso. – Com uma mão no bolso a gente evita comer pão e outras guloseimas, só se toma o café. – como sempre dizia nas manhãs frias dos seus 73 invernos.
Foi neste instante que Mauro ouviu o sinal da buzina. Escovou os dentes e pegou sua maleta com os apetrechos indispensáveis àquela ocasião.
- Bom dia.
- Bom dia chefe. – um cumprimento em uníssono do casal do carro branco.
- Pensei que iríamos com o carro azul, é mais espaçoso e mais potente.
- Mudança de última hora, o patrão mandou o carro branco. É um excelente carro.
Mauro se instalou no banco traseiro e segurou a pasta preta ao seu lado. Tinha muitos cuidados pois os documentos do seu interior eram importantes.
- Este estojo o que tem dentro e o que faz aqui?
- Não sabemos, quando pegamos o carro, Zé Cláudio falou para entregarmos pessoalmente ao Dr Matusalém.
Neste instante Jorge, que estava no volante, vira a chave na ignição e o carro parte. Novamente voltam para a avenida e cruzam sinais fechados. Em instantes estão nos arrabaldes da cidade. De repente, Jorge avista uma viatura estacionada no acostamento. O policial faz um sinal para que estacionem o carro. Jorge diminui a velocidade e estaciona a poucos metros da camioneta da polícia rodoviária.
Calma pessoal, vai dar tudo certo. – Comenta Mauro, tentando manter a tranqüilidade.
Bom dia cidadão...


Capítulo II – final –


Rose de Castro

Mauro olhou para o pessoal e tentando parecer tranqüilo, cumprimentou o policial:
- Bom dia! Algum problema?
- Quem é o dono do carro? Perguntou um dos policiais, já olhando para Mauro que tentava guardar a maleta, mas não conseguiu disfarçar o seu nervosismo.
- O carro é do nosso Chefe. Os documentos estão aqui.
O policial mais velho, rosto sisudo e cabelos grisalhos, pegou os documentos e olhou para seu parceiro: - É ele...
Mauro olhou para Jorge e saindo do carro perguntou? –Algum problema?
- Saiam todos do carro! – Neste momento uma viatura da PM já vinha chegando como se já estivesse também avisada com antecedência.
- O que está acontecendo? Podem me explicar – Disse Mauro impaciente.
O policial grisalho era o mais enérgico. Fontes era como o chamavam, encarou Mauro como se fosse uma presa:
- O que tem nessa maleta?
Mauro olhou a maleta descansada no banco do carro e meio sem entender o que estava acontecendo, respondeu:
- Esta maleta é para entregar à um dos sócios do meu patrão, Dr. Matusalém.
- Policial...Fontes... o que está havendo?
- Recebemos uma denúncia. Passe a maleta agora!
Mauro obedeceu mas insistiu: Está trancada. Não temos a chave. São documentos da Empresa para serem entregues ao Dr... – O Policial Fontes não lhe deu tempo de terminar:
- Vamos abri-la...
- Vocês não podem sair abrindo assim a maleta. São documentos confidenciais...Deixe eu ligar para meu patrão e...
O Policial Fontes irritou-se e chamou os PMs para ajudarem. Eles vieram empunhando suas metralhadoras.
O casal abraçou-se para demonstrar que eram namorados. Os olhos de ambos se encontraram...estavam apavorados.
Mauro tentou deter de novo o Policial:
De que denúncia está falando?!
Fontes não lhe deu atenção e pediu à ajuda dos PMs para arrombar a maleta, sob o olhar atento e indignado de Mauro.
A maleta abriu após várias tentativas. Todos tentaram se aproximar para ver o que havia dentro dela, no que Fontes com um gesto impediu que se aproximasse.
Com o olhar de espanto e a boca entreaberta, Fontes, após vasculhar a Maleta, deixou-se ficar impassível ante ao que houvera visto.
Finalmente o mistério foi decifrado.
Na maleta haviam fotos eróticas do Dr. Matusalém e do Chefe. Cartas de amor. Beijos apaixonados e a despedida, com um coração vermelho sangrando e várias palavras de despedida.
Mauro ficou tonto. Nunca poderia imaginar seu Chefe e Dr. Matusalém sendo namorados...Ficou ali parado e neste instante lembrou-se de seu pai: O que pensaria ele neste momento?


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui