Quando me fazem convite
Que seja bem colocado
Nunca me faço rogado
E adiro sem hesitar
Como foi agora o caso
Que mesmo até deu azo
A bem me impressionar
Acabo de visitar
Um blog assaz porreiro
Feito por um brasileiro
A fim de português ver
Um pouco da alma lusa
Onde Daniel Fiúza
Também entra a escrever
Um cordel que ao ler
Verifiquei ser pra mim
Boa suspresa enfim
Que bastante me apraz
Pois nos versos em desfio
Há expresso desafio
Que revela amor e paz
Também tem toque mordaz
E bem tecida ironia
À azeda poesia
Que em desagrado exprimo
Mas como fácil é ver
Quando me zango a valer
Em rima às vezes não rimo
De resto nem sempre primo
Em sóbria moderação
Mas de tal assombração
Conhece bem a Usina
Qual a causa que inflama
Demasiado a chama
Que me queima e desatina
Todavia a concertina
Do fandango português
Quando se afinar de vez
Em firme sapateado
Quiçá eu logre na dança
Passo certo na bonança
E sambe mais atilado
Quanto a meu estro sambado
Caramba estou a aprender
A melhor forma de ser
Mensageiro da harmonia
Com jeitinho brasileiro
Para alcançar o viveiro
Da canora poesia
Logo que chegue esse dia
Decerto que vou lembrar
Quem me ajudou a medrar
Em tão gostoso redil
Porque a ovelha negra
Segundo letra da regra
Também tem cor no Brasil
Portanto... Abraços mil
Pró Daniel Fiúza
No cordel que bem usa
Nos mais diversos itens
E pró blog em apreço
Aqui dou e estremeço
Meus sinceros parabéns