Diga-se que a Usinatura
Mãezinha da liberdade
Além do que não se sabe
Dá-nos a desenvoltura
Para ser mais criatura
Conhecendo um pouco mais
Dos efeitos triviais
À teimosa mão de arcano
Que nos suporta um ano
Apenas por cem reais
Grandes cenas virtuais
Abrilhantam cada dia
Ou salpicam a alegria
De tristezas viscerais
Cenas comuns dos mortais
Em teatro letricida
Onde a básica saída
Ronda o sexo matreiro
Mas um velhinho usineiro
Acredita noutra vida
Odiada ou querida
A Usina tudo aguenta
Com acuçar e pimenta
Ou cacazinha encardida
Mil vezes repetida
Arde sem nunca cheirar
Fazendo rir e chorar
Os benquistos usurários
Cambadazinha de otários
No vício de teclar
Quando dá para sambar
A dança do Tiroliro
Quem paga é o Waldomiro
Que logo tem de mudar
O freio a quem zurrar
À moda doutros currais
Onde chatos virtuais
Com chata lana caprina
Chateiam a chatusina
E não pagam cem reais