Clic"ali===>>>Gottfried von Strassburg
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Seu canto, o que ela, abertamente,
entoava lá, e por toda parte,
seus lindos cantos,
suas agradáveis cordas,
ambos penetravam,
flamejantes e distintos,
pelos sagrados caminhos dos ouvidos,
até ao coração.
Seu mais secreto canto, porém,
era sua maravilhosa beleza
que, qual seu esplêndido som,
oculta e sub-repticiamente,
pelas janelas dos olhos
em muitos corações nobres desfilava
e nestes provocava tal encanto
que suas mentes
logo se ocupavam com pensamentos
ligados a desejo e dor de amor.
Em seu primeiro encontro, Tristão e Isolda são atraídos, um pelo outro, por dois motivos — seus intelectos e suas músicas. Até
então, não há nenhuma evidência de que eles estão apaixonados. Tristão alega que ele tem uma esposa em casa que espera
por ele — mente sem propósito claro, a menos que ele pense que este é o modo mais seguro de ganhar a condolência da rainha
e, conseqüentemente, obter licença para voltar.
Para a corte de Dublin ele é um simples trovador.; um matrimônio real estava fora de questão. Tristão volta a Cornwall e acha
que o desejo de Marke, de faze-lo herdeiro, despertou considerável oposição entre os barões. Eles persuadem Marke para que
se case com Isolda, e Marke, pensando que um casamento com a sobrinha do falecido Morold seria impossível de se concretizar,
jura que não se casará com ninguém mais e, assim, espera assegurar a sucessão para Tristão. Mas Tristão, para consternação
de Marke, teima em conquistar Isolda para seu tio. Ele sabe, como ninguém, que o rei da Irlanda jurou dar a filha dele em
matrimônio para qualquer cavalheiro que possa libertar o país dele de um dragão saqueador. Ele espera que, matando o dragão,
possa ganhar Isolda. Partindo com cem homens, incluindo alguns dos barões que o atacaram, ele os deixa escondidos ao chegar
na Irlanda, e prossegue a sós.
Ele tem sucesso matando o dragão e corta a língua deste, como prova da sua conquista. Tolamente, ele empurra a língua do
dragão para dentro da camisa e o veneno dela o faz desfalecer. Enquanto isso, um magistrado acha a besta, corta fora sua
cabeça, e reivindica Isolda como a recompensa. Isolda e a mãe dela não acreditam nele e, conduzidas por um sonho, procuram
a área onde a luta aconteceu. Elas acham Tristão, removem a língua da sua camisa, levam-no para casa e o curam. Elas o
reconhecem naturalmente como o trovador, Tantris, e ele dá uma desculpa qualquer para justificar sua chegada às costas da
terra delas. Considerando que elas se lembram dele como um trovador, elas não temem que ele possa reivindicar a mão de
Isolda. Um dia, enquanto Tristão estava no banho, Isolda, sem nenhuma razão particular, examina a armadura dele
e fica curiosa por saber por que um homem tão valente não é um nobre. Ela puxa a espada dele à toa, vê o entalhe na lâmina,
e apressa-se para compará-lo com o fragmento levado do crânio de Morold. Verifica que é o mesmo, e quer matar Tristão, logo
em seguida:
Ela agarrou a espada
e foi até Tristão,
que tomava seu banho.
Ela disse, "Sim, és tu, Tristão?"
"Não, senhora, eu sou Tantris."
"Então, estou convencida de que tu és Tantris e Tristão, ao mesmo tempo.
Ambos estão nas últimas.
O que Tristão me fez,
por isso responde Tantris agora.
Farei com que expies o que fizeste com meu tio."
"Não, adorável donzela, não!
Por Deus,
o que fazeis? Pense bem, quem sois vós?
Vós sois uma nobre moça.
O que fica de aprendizado da vossa ação criminosa?
A encantadora Isolda
perderá sua honra para sempre.
O sol, que se eleva na Irlanda,
que deixa muitos corações felizes,
assim, perde todo o seu brilho.
Que piedade há nestas brancas mãos,
se elas empunham uma espada ?"
Clic"ali,oh===>>>>História da Literatura do Médio Alto Alemão
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