O silêncio vem soturno ludibriando toda a escuridão do quarto, e nos envolve naquele momento, onde o peito comunica impaciente a ânsia, todos os desejos da paixão descrita nos olhos, e que anda em par com a necessidade, nas vias dos impulsos da cabeça, que anda em descontrole, quando a boca, um ser da minha carne não verba, cerca os pares de seios a solta, cerca o corpo nu, e bebe num delírio, toda emoção delirante do ser. Despertando a fera, a mulher, que se une numa valsa, a dois, lambusando-se na loucura, que os pés e as mãos alternam em atos sob a roupa.
Muda-se a voz, sufoca-se a boca de beijos e profanado a alma em sussusuros e movimentos fora de hora, chega-se ao gozo, vive-se o gostoso, mesmo sem forças pra acender a janela, quando o sol, lá fora já iniciou o novo dia.
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