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Artigos-->Educação Superior no Brasil: dificuldades e possibilidades d -- 09/01/2020 - 21:45 (gisele leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 

Observar e descrever o sistema de ensino superior no país, é no mínimo, tarefa desafiadora

e complexa em face da diversidade de sua estrutura e organização. Principalmente diante do contemporâneo

contexto da educação no Brasil, considerando os inúmeros fatores de ordem econômica, social, cultural entre outros.

 

É necessário realizar certo resgate histórico abordando desde a criação das primeiras instituições de ensino superior

e a sua vigente configuração e organização, especialmente as divisões em que se distribuem as instituições e

tentar-se-á fazer algumas considerações sobre as tendências e perspectivas que o futuro nos reserva.

 

Nossa reflexão pode ser feita através da apreciação de certos dados estatísticos a respeito do funcionamento da

educação no Brasil, em particular, a educação superior.

 

Muito do que a educação superior apresenta atualmente se deve ao seu cenário e contexto histórico, sofrendo influências

locais, regionais e até mundial. O Brasil está situado na América Latina, é o único país a ter o idioma português, quando

a grande maioria faz uso do espanhol em seus mais diferentes matizes. È um país de tamanho continental dotado de

exacerbada pobreza e cruéis desigualdades sociais.

 

O Banco Mundial em seu estudo sobre a América Latina ressaltou que é o continente de maior número de índices desiguais

em diversos aspectos, incluindo-se, a distribuição de rendas, despesas com bens de consumo, serviços, acesso à saúde e, principalmente,

acesso à educação. Mas, mesmo assim, a universidade na América Latina, desde seu surgimento, tem assumido e desempenhado

um papel mais relevante do que sua responsabilidade formativa. Pois tem a decisão de formar cidadãos

empenhados com o compromisso social e, com a luta contínua para a diminuição de desiguladades, com a criação de oportunidade para todos,

com o compromisso do desenvolvimento econômico e social e, a consequente construção e manutenção de identidades culturais.

 

O maior desafio para os países latino-americanos consiste em oferecer aprendizaem, investigação

e oportunidades de trabalho para seus discentes, de forma equitativa e equilibrada. Além de assegurar conhecimentos

aperfeiçoadas que também oportunizem o desenvolvimento de suas economias, uma vez que esses mesmos países estão se convertendo em protagonistas no

mercado global.

 

Os países da América Latina têm caminhado positivamente no sentido de cada vez mais criar maiores oportunidades para formar seus cidadãos

e aumentar as reservas de capital intelectual e de profissionais altamente qualificados, além de oferecer-lhe condições de acesso ao mercado de trabalho

com vistas à geração de renda e melhoria de condições de vida.

 

No Brasil, as matrículas de acesso ao ensino superior praticamente dobraram nas derradeiras décadas e aina continuam a se expandir bem como há o incremento

da diversificação de oportunidades de ingresso em diferentes áreas de conhecimento no sistema de Ensino Superior.

 

Mesmo diante tantos esforços esses se revelam insuficientes para atender adequadamente

à demanda de indivíduos aptos para usufruírem das oportunidades de formação em nível superior e para atender às necessidades de colocação

de profissionais no mercado de trabalho, fazendo com que ainda não seja uma realidade no país e, mesmo na América Latina.

 

São poucas as instituições de ensino superior existentes que enfrentam a diversidade de problemas, especialmente,

no que se referem à qualidade, às desigualdades regionais e ao desequilíbrio da quantidade de profissionais qualificadas em áreas específicas em desajusto e em

descompassado com as exigências do mercado de trabalho contemporâneo.

 

Tal contexto nos remete à constante necessidade de existir obsrvatórios permanentes que acompanhem a evolução das civilizações, seus novos

contornos, suas novas exigências, suas necssidades, que façam leituras adequadas e plenas de como se pode através

da educação resolver problemas cruciais que desequilibram o bem-estar social das populações.

 

A universidade surgiu no Brasil no começo do século XIX, sendo o resultado da formação de elites que buscaram

a educação principalmente em instituições europeias durante o período de 1500 até 1800 e, que retornaram ao país portanto sua qualificação.

Estas universidades surgiram em momentos conturbados e são basicamente fruto da reunião de institutos isolados ou de faculdades específicas, o que lhes

deu uma característica bastante fragmentada e frágil.

 

As universidades em nosso país contam com enormes diferenças históricas se comparadas às instituições de ensino de outros países latino-americanos.

Estas são bem mais jovens do que as instituições de ensino superior de outros países da América Latina.

Resultaram, ainda, da demanda do mercado que sinalizava para a necessidade de formação de profissionais com qualificação fundamentalmente em áreas das

engenharias, medicina e direito. Inicialmente, estavam situadas nas grandes metrópoles economicamente mais importantes para o Brasil da época.

 

A primeira universidade brasileira foi a Universidade do Rio de Janeiro que foi fundada em 1920, na cidade maravilhosa e, definitivamente

traçou os rumos da educação superior no país, sinalizando assim uma nova era. E, a partir daí, deflagram-se alguns momentos creuciais da história da

educação brasileira de nível superior.

 

Ressalte-se que num primeiro momento, as universidades tinham a orientação de dar maior ênfase ao enisno do que propriamente à investigação.

Instituições extremamente elitista, com nítida orientação profissional.

 

No período de trinta anos, compreendido entre 1930 (revolução industrial) ate 1964 foram criadas mais de vinte universidades federais no Brasil.

Tais como a Universidade de São Paulo, em 1934, com a contratação de grande número de professores europeus, marcaram a forte expansão do sistema público

federal de educação superior. E, nesse mesmo período, surgem algumas unviersidades religiosas (católicas e presbiterianas).

 

Em 1968, tem-se a terceira fase da educação superior brasileria com o movimento da reforma universitária, que tinham com base a eficiência

administrattiva, estrutura departamental e indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão como o mote principal das instituições de ensino superior.

 

No contexto da década de 70 impulsionou o desenvolvimento de cursos de prós-graduação no Brasil e a possibilidade de realização de cursos de pós-graduação no exterior,

com vistas à capacitação avançada do corpo docente brasileiro.

 

E, a partir da década de noventa, iniciou-se uma quarta fase inaugurada com a Constituição de 1988 e com a homologação de leis que passaram

a disciplinar a educação superior. Havia a necessidade de flexibilização do sistema, redução do papel exercido pelo governo, ampliação do sistema

e melhoria nos processos de avaliação com vistas à elevação da qualidade.

 

Percebe-se que assim surgiram e se desenvolveram as instituições de ensino superior brasileiras, buscando atender

ao mercado que solicitava profissionais qualificados, ao mesmo tempo, que também buscava criar sua própria identidade

enquanto sistema de educação, considerado até hoje, como uma das mais preciosas construções do Brasil.

 

O Brasil perdeu a oitava posição de maior PIB para a Itália, enquanto que o Reino Unido

está prestes a ascender dois degraus numa classificação que em números absolutos, aponta para os EUA que ocupa o primeiro

lugar do podium garantido pelos próximos cinco anos. Atualmente o Brasil é o nono país no ranking mundial do Produto Interno Bruto (PIB)

possuindo dimensões territoriais de um continente, com extensão territorial equivalente a 8,5 milhões de quilômetros

quadrados e sua população já ultrapassa ao número de 183 milhões de habitantes que crece em taxa anual de 1, 31 por cento.

 

Nossa realidade onde estão inseridas as instituições de ensino superior, que traçam um sistema

complexo, diversificado, em constante mudança e expansão e que já conta com reformas universitárias. Que foram duas grandes

alterações ocorridas no superior, durante a ditadura militar e o governo Lula.

A reforma universitária da ditadura militar, de 1968, se refere a uma série de leis que modificaram o ensino superior

nas décadas de 1960 e 1970, incluindo como medidas, a substituição do sistema de cátedras pelo de departamentos, institutos e centros e, a

desintegração das Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras.

 

Entre alguns marcos importantes da reforma, amparados pelo então vigente Ato Institucional nº5, estiveram o Relatório Atcon (1966, 1970),

a Lei 5.540 (1968), o Relatório Meira Mattos (1968) e Decreto-Lei 477 (1969).

 

A reforma representou mudança de organização. Mais tarde, adveio o modelo de cidade universitária, com faculdades autônomas em edifícios

isolados, distribuídos em uma extensa área urbana ou rural. Com a reforma universitária,a dotou-se o modelo norte-americano de campus, com instalações

separadas das cidades, possuindo edifícios com funções bem delimitadas, primando pelo racionalismo da arquitetura moderna.

 

 

Já a reforma universitária do governo Lula, como parte do Plano de Desenvolvimento da Educação, se constitui de conjunto de decretos, projetos

de leis, resoluções e portarias. Associados à reforma, estiveram o Prouni, o Enade, a Lei de Inovação Tecnológica,

o Decreto das Fundações e a Universdiade Nova.

 

A proposta original com autoria do Ministério da Educação fora elaborada gradativametne durante os primeiros anos do governo Lula e,

sofreu alterações a partir de suegestões de diversos setores da sociedade que podem ser verificadas através de quatro anteprojetos.

Em segudia, for enviado para a discussão no COnfresso Nacional onde recebeu diversas propostas de emendas.

A primeira versão continha trinta e cinco páginas, a segunda, vinte e três e, a terceira

cinquenta e sete.. e, ainda faz referência a outras leis durante o seu texto demandando assim atenção especial para

a adequada compreensão.

 

 

É importante salientar que é muito comum ocorrer grande confusão no uso da nomenclatura das instituições de ensino superior,

uma vez que as definições nem sempre cumprem a missão e do caráter das instituições, e, principalmente, porque nem todas as instituições

são universidades.

 

Os debates sobre a temática, em geral, reduzem-se a mera distinção entre a públicas e privadas,

colocando todas as instituições como iguais em sua natureza institucional e missão, o que, na realidade,

acaba por ignorar a diversificação e a riqueza desse sistema educacional.

 

Resta evidenciado que a riqueza da realidade e a diversidade das instituições de ensnino superior,

então se torna também necessário entender o porquê da necessidade de estabelecerem-se algumas classificações, não

com o objetivo de enquadrar o sistema nacional de ensino superior, mas acima de tudo, para poder

respeitar e entender a identidade, a missão e a finalidade de cada instituição, dentro das diferentes realidades

nas quais estas estão inseridas.

 

 

https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:L5NopYDaN3IJ:https://www.ucs.br/site/midia/arquivos/sistema_ensino_superior.pdf+&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

A pesquisa é importante.

 

O surgimento da pesquisa é localizado na organização de alguns cientista que realizaram meios

para solucionar problemas. E, tais práticas que tiveram êxito, foram a base para se elaborar processos

que se tornaram eficazes e permitiram a otimização em vários segmentos do conhecimento humano.

 

O ensino que se limita apenas aos conhecimentos existentes sem propiciar a busca pela pesquisa

corre o risco fatal de manter práticas e soluções arcaicas. É preciso que além de ensinar, deve-se orientar

as pessoas a buscarem as soluções para os problemas que a vida oferece, sejam estes, quais forem.

O ensino só tem real semântica quando admite a descoberta, quando instiga a curiosidade, sem isso,

o ensino não tem sentido, conforme já bem definiu Paulo Freire.

 

In litteris:

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram

um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino

porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar,

constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que

ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.

 

Diante do cotidiano dinâmico e fugaz há sempre uma dificuldade na conciliação da pesquisa

com o processo de ensino-aprendizagem, muitos alegam que não existe tempo suficiente,

outros, a falta de espaço físico adequado, que atenda as exigências funcionais, que não comportam

as atividades de pesquisa, mas é preciso que o docente adtente-se ao fato de que a pesquisa é o exercício

necessário para qualquer profissão.

 

Somente muito recentemente os professores universitáraios começaram a se conscientizar de que

a docência, assim como a pesquisa é o exercício de qualquer profissão, e exige capacitação própria

e específica.

 

Sabemos, ab initio, de que as instituições de ensino superior assim como as instituições

educativas, são parcialmente responsáveis pela formação de seus membros como cidadãos (seres humanos

e sociais) e profissionais competentes.

 

Assim, há a falácia de que o professor universitário não necessita tanto de formação didática,

tal como os professores do ensino médio e fundamental, mas, com o decorrer do tempo,

fez-se indispensável a formação desses docentes no nível educacional. Portanto, é necessário

ressaltar que os docentes que tenham a pesquisa como a fonte de alargamento do conhecimento

da matéria lecionada.  É importante sim, a didática para o ensino superior, bem como a formação

continuada e reciclagem persistente do corpo docente.

 

A pesquisa envolve um projeto de formação inicial e continuada da instituição, e tem como fito

desenvolver habilidades e atitudes de investigação do docente, é perceptível que o mesmo

levante o questionamento para a busca de soluções sociais, políticos e culturais.

 

 

Precisamos analisar as possibilidades didático-pedagógicas da prática da pesquisa realizada

nas atividades de Iniciação Científica, além de servir a pesquisa como ponte de conexão entre os

graduandos com os projetos docentes da Pós-Graduação, uma perspectiva de uma formação profissional com

qualidade.

 

A universidade é um dos espaços públicos que privilegiadamente podem e devem vicejar as reflexões,

os conhecimentos e as técnicas, em clima de interação, com aceitação das contradições, e das diferentes

visões de mundo, da liberdade de pensamento e da criação. A formação e conhecimento com qualidade

científica e pertin~encia social se entrelaçam na concretização da responsabilidade pública da universidade.

A educação precisa estar enfocada na relaçaõ inserparável do educador e seu educando, porque a necessidade da existência

de um, depende da existência do outros. E, assim, analise-se a existência e na convivência de trocas de conhecimentos e

experiências, para que ocorram as possibilidades de transformação de um ensino reprodutor de ideias para um processo de

ensino-aprendizagem criador que seja libertador da realidade desigual, histórica, social, econômica e política

da sociedade humana moderna.

 

 

 

Referências

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 41ª

reimpressão. São Paulo: Paes e Terra, 1996.

 

GIL, Antonio Carlos. Metodologia do Ensino Superior. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2005.

 

 

 

 

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