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Contos-->A Torre de Babel -- 21/04/2003 - 21:14 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A Nova Torre de Babel
(Domingos Oliveira Medeiros)


Eram muitos. Em grupos bem distintos. Diferentes em quase tudo. No tamanho. No comprimento. Na largura. Na forma. No modo de gritar. De pular. De comandar. De conquistar. De liderar. Diferente até nas cores. E no jeito de andar. Falavam alto e ao mesmo tempo, sobre quase todos os assuntos. E assunto diferentes. Tratados ao mesmo tempo. Não dava para entender muito bem o que diziam. Mas, entre eles, todos balançavam a cabeça num gesto de que estavam em perfeita comunicação. Tudo entendiam. E apesar da algazarra, só pela observação dos seus gestos e movimentos eu também entendia alguma coisa.

Havia, por parte de algum grupo, muitas reclamações. Dava para perceber que alguns deles estavam trocando insultos. Enquanto outros, de outros grupos, em linguagem diferente, confraternizavam-se. Comemoravam alguma coisa. Talvez, quem sabe, algum aniversário; ou apenas o próprio dia. Que, diga-se de passagem, estava muito bonito. Tinha chovido na noite anterior. E a manhã era refrescante e acontecia com a colaboração de um sol no ponto exato. Tanto em brilho, como em calor.

E no final do encontro, barulhento, inusitado e apressado, os grupos chegaram a um grande e único consenso. Não se sabe qual. Mas que, de imediato, partiram para colocar em prática. E voaram em bandos unidos e separados. Cada grupo com suas cores e seus pares. Quem sabe retornarão amanhã. Uma nova discussão.

E eu, do meu canto da janela, que nada tenho a ver com os problemas dos pássaros, fico agradecido por tanto barulho, por tanta vida, e pedindo a Deus que me deixe acordar no outro dia, e no mesmo horário, para observar o novo encontro, que por certo se repetirá, numa rotina que se faz especial, não só pela beleza que exala, mas por que se repete e surpreende todos os dias.

Domingos Oliveira Medeiros

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