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Humor-->Capitalismo, Carnaval ou Comunismo? -- 19/12/2002 - 22:16 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Capitalismo, Carnaval ou Comunismo?
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Era uma vez dois regimes. Duas potências mundiais. Que disputavam espaços. Espaços tão siderais. A guerra era fria. Mas havia o equilíbrio. De forças e de poder. O mundo tudo assistia. E comparava a corrida. Por entre céus e estrelas. Um foguete aqui. Outro foguete acolá. Eram amigos e inimigos. Amigos particulares. Inimigos seculares. Um deles saiu na frente. Viajou de sputinik. O outro não resistiu. Até a lua subiu. Foi o primeiro a pisar. E sua bandeira a fincar. E lá no céu cavalgou. O super-herói e o Dragão. Com labaredas de fogo. Viu que tudo era azul. M as um dia a coisa mudou. O equilíbrio acabou.

Não havia comparação. Foi muito grande a pressão. E derrotada ficou. Aquela grande nação. Do regime malfadado. Aposentou o soldado. O medo, enfim, terminou. Submarino atômico . Que nunca mais ele afundou. E muito dinheiro emprestado. A nova nação pegou.

E toda a república aliada. Uma a uma foi saindo. Num instante, em seguida. Veio logo a debandada. E só um regime restou. Regime da propriedade. Da propriedade privada. Regime das liberdades. Liberdades individuais. Liberdades coletivas. Democracia de capitais. Do mercado livre e aberto. Do lucro fácil e atraente. Do lucro certo, envolvente Prosperidade e harmonia. Do lazer e da utopia. Do avanço e do progresso. Do avanço da ciência. E da tecnologia. Do conforto e da segurança. Segurança noite e dia. Foi o que sobrou da festa. Só até aquele dia.

Hoje a nação comunista. Que já foi socialista. Já morreu, não existe mais. Agora é capitalista. Desfila também na lista. Lista dos endividados. Na lista dos aliados.
Na lista dos enganados. Coniventes ou culpados. Liberdade é coisa rara. A mão invisível que toca. Que equilibra o mercado. Não existe desse lado. A moda agora mudou. Vale a globalização. O risco do mundo calculado. O dinheiro emprestado. A juros que são engordados. Com a tal da variação. Variação cambial. Da moeda americana. Gente capaz e sacana. Gente que promete e engana.

Junto vem a receita. Da economia praticada. Da cinta bem apertada. Primeiro se paga o juro. Espera a conta crescer. Corta logo o investimento. O povo precisa aprender. Gastar menos que arrecada. No final não sobra nada. O mínimo será guardado. E o salário congelado. O resto fica fiado. Até o próximo ano. Quando a nova ajuda chegar. E o dinheiro adiantado. Se o risco assim indicar. E se a inflação controlar. A volta do investimento. É coisa muito esperada. E até comemorada. A dívida quem vai pagar? Sou capaz de dar um doce. A quem possa adivinhar.

É o povo brasileiro. Que de quatro em quatro anos. Muda a cara do governo. Que não paga o que deve. Censurar ninguém se atreve. Até um dia estourar. A bolsa do mundo inteiro. E acabar o dinheiro. O mercado financeiro. A ética e a moral. A luta do bem contra o mal. No dia-a-dia do pobre. Que vive feito animal. Sem a chance garantida. Sem liberdade afinal. E agente fica confuso. Nesse regime difuso. Qual o regime do bem? Qual o regime do mal? Socialismo ou Comunismo. Ou regime do capital? Ou será que é Democracia?

Conforme vovô dizia. Planta tenra e muito fraca. Pouca gente se fazendo. Apenas a minoria. Muita gente sem emprego. Com a barriga vazia. Regime pra lá de utopia. Regime da fantasia. Regime da ditadura. Da força da economia. Ou simplesmente o regime. Regime da covardia. Brincadeira de Carnaval. Quatro dias de folia. Quatro anos passando mal. Quatro dias de orgia. Pra quem gosta da brincadeira. Pra quem vive passando a mão. Acaba na quarta-feira. Até a próxima eleição. De novo volta o palhaço. Tanto riso no salão. Elegeu tudo de novo. Pouca memória do povo. Mais um ano se passou. E o desfile do samba. Guarda a sua fantasia. Pois a festa acabou. Quem brincou ficou cansado. Ficou rico quem roubou.

Domingos oliveira Medeiros
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