Usina de Letras
Usina de Letras
207 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62145 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13566)

Frases (50551)

Humor (20021)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140784)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6175)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->UM COVARDE ANÔNIMO -- 03/09/2004 - 12:32 (Benedito Generoso da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UM COVARDE ANÔNIMO

Outro dia eu recebi
Uma carta malcriada,
O endereço era falso
E não estava assinada,
O sujeito me escreveu
Talvez pensando que eu
Fosse fugir da parada.

Sei que ele não é de nada,
Mesmo não o conhecendo,
Se acaso eu o conheça,
Quem é não estou sabendo,
Com certeza é um canalha,
Vagabundo, não trabalha,
Por isso está se escondendo.

Ele terminou dizendo,
Na malfadada cartinha,
Que estava me testando
Pra ver se medo eu tinha,
Aquilo era uma indireta,
Pois buscava sua meta
E a direta logo vinha.

Insultou minha mãezinha
Ao findar seu desacato,
Meu sangue ferveu na veia
E eu resolvi no ato
Que o pau irá comer
Quando ele aparecer
Para cumprir o seu trato.

Passou-se tempo do fato
E ainda espero por ele,
Desconheço por completo
Que sujeito era aquele,
Ele não vem no pedaço
Porque teme que meu braço
Faça um estrago nele.

Com certeza a mãe dele
É cafetina piranha,
Ele decerto é viado
Que está fazendo manha,
Covarde, é um bufão,
Dá o tapa e esconde a mão
Porque sabe que apanha.

A mim ele nem arranha
Pois se arrasta pelo chão,
Ele disse que é homem,
Mas deve ser sapatão,
Só que alimento a fé
Que eu vou saber quem é
Esse safado bundão.

Ele vai tomar lição
Para aprender a ser gente,
E se for de fato viado
O meu relho come quente,
Sendo macho vou castrá-lo
Para em seguida curá-lo
Com sal grosso e aguardente.

Eu vou torná-lo decente
Pra não mais encher o saco,
Não vai dar mais indiretas,
Recursos de quem é fraco;
Ele já sumiu no molho,
Mas eu vou ficar de olho
Na entrada de seu buraco.

No instante que meu taco
A sua brecha tapar,
Ele vai fazer caretas,
Por socorro irá gritar,
Mas se ele não vier
É porque virou mulher
Só para se disfarçar.

Por ele eu vou esperar
Nem que seja aqui sentado
Porque jamais eu esqueço
Quem me manda um recado,
Seja quem for que escreveu
A carta que me ofendeu,
Vai ter que pagar dobrado.

Não ficarei descansado
Enquanto não encontrá-lo,
Ele vai se arrepender
De ter pisado em meu calo;
Considero que ele é
Um frangote garnisé
E eu sou o índio galo.

Não desisto de caçá-lo,
E o asqueroso imundo
Com uma firme rasteira
Vai se tornar moribundo;
Eu só não vou conseguir
Se o maldito escapulir
Para fora deste mundo.

Estou muito furibundo,
Tenho então de me vingar;
Como previu o Conselheiro,
O sertão vai virar mar
E o mar vai virar sertão,
Surgirá o rei Sebastião,

Quando esse dia chegar.


BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benedito.costa@previdencia.gov.br









Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui