A ousadia do ser me encantou, a tal ponto, que me inspirou a colocar uma foto de uma mulher semi nua. Na minha viagem a poesia é divina e mulher. O poeta tem um sentir diabo para o entender convencional do religioso. Pinta o surrealismo soletrado na paciência de uma rendeira ao mar, mar do farol nas tardes noites de outrora na brisa ao som das palhas dos Coqueiros na luz dourando as águas. Os instantes rápidos fizrram a porta abrir na lua cheia. E vi a claridade no céu com Deus sofrendo suas dores santas na agonia do Ser. O tempo voou com louros cinza. Cinema lunático faz a cortina descer e venda os olhos nas quatro paredes. O silêncio acelera a dor de outrora. Paro na contramão numa direita de manobras nefastas acendendo um nazismo, matando a liberdade da poesia na sobrevivência humana e piso descalço nos tocos de cigarros na areia da praia. O solado ardido no passo a passo sem destino numa bússola desnorteada.
Marcos Palmeira
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