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Poesias-->Mulher, "Luar" e Outros Poemas -- 19/09/2003 - 16:04 (Lucimar Justino)
CADERNINHO Carrego um caderninho no bolso: Dizem que sou poeta. Mas eu digo que é para os momentos imprevisíveis, Tipo quando se está numa estrada deserta, Longe do barulho da cidade grande, Longe da violência, Longe das confusões, Longe dos homens, Longe de tudo... Inclusive de banheiro e papel higiênico. LOUCURAS Gostar de você é um erro! Ao me apaixonar por você fiz o meu próprio enterro. Gostar de você é loucura! Ao me entregar a você, diz, não fui pra sepultura? PEQUINEZ Por um instante sinto-me um cão e lato pro alto e arranho o chão e lato pra Lua e arranho o colchão e lato pra rua e lato pro nada e lato pra escuridão e lato pra lata de lixo porque procuro um pedaço de pão. LIBERDADE Nesta tarde quero estar mais perto de Deus, Mais perto do Sol, da Lua, do Céu... Voar feito um pássaro Livre, leve e solto na imensidão do ar. Voar, voar, voar... Para mais perto das estrelas e ver o mar.; Voar, voar, voar... Para mais perto do sol e depois voltar.; Voar, voar, voar... E junto com o sereno da noite molhar As plantas, as flores, as orquídeas, os bosques... E quando o Sol nascer eu quero estar Envolvendo as pétalas das flores mais lindas... Quero andar descalço pelos campos E sentir o cheiro da terra.; Quero ser criança e estar em liberdade... Voar, voar, voar... Livre, leve, solto e sempre... MULHER Mulher essa coisa louca essa boca rouca pela madrugada afora como brisa gelada como vento ameno ou como um furacão que arrebenta todos os galhos quebra todos os juramentos e me põe louco Mulher essa larva vulcânica que sai de suas entranhas e escorre pelas montanhas pelos contornos de seu corpo e me queima de paixão Mulher essa coisa complicada feita meio gente e meio divina que me atormenta e me alucina faz-me ser um cão acorrentado seu bichinho de estimação Mulher esses olhos ternos esses gestos obscenos essa saliva quente que me embriaga esse sorriso provocante que me botam louco para trocar bactérias... LUAR A Lua Se despe e fica nua Iluminando a minha rua Ti Mi Dá Mente. PESSIMISMO Canto Pranto Manto Morte. Quando Vence Muita Sorte **************************************************** Os poemas acima fazem parte do livro "Gritos de Liberdade", publicado pela Papel & Virtual Editora (RJ), copyright 2003, by Lucimar Justino, todos os direitos reservados através de Depósito Legal no Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional. www.papelvirtual.com.br E-mail do Autor: lucimarjustino@bol.com.br ******************************************************