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Poesias-->31. “ÉLAN” MÉTRICO -- 14/09/2003 - 06:44 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Não percamos nosso tempo,

Vamos logo ao que interessa.;

É este o melhor recado

Para quem tem muita pressa.



Saibamos reconhecer

Os amigos desta hora

Que se vêem interessados

Em falar e ir embora.



Este pouco de poesia,

Sem grande expressividade,

Vale só por treinamento:

Não estimula a vaidade.



Com o tempo, iremos dando

À poesia uma outra forma.;

Quem sabe assim procedendo

O nosso “élan” se conforma.



Sentimos muito, irmãozinho,

Ter voltado ao velho tema.;

É como se um mesmo filme

Só se visse no cinema.



Vamos deixá-lo, contudo,

Pois é hora de ir embora:

Faça a mala, apague a vela

E entregue a chave à senhora.



Em linguagem figurada,

Fica melhor a quadrinha,

Entretanto, é bem preciso

Carimbar a figurinha.



Assim, de pronto, voltamos

A este velho diapasão:

Não queremos co’a atitude

Ofender o nosso irmão.



Se tivéssemos mais tempo

P’ra preparar os versinhos,

Talvez até conseguíssemos

Sucesso pequenininho.



Eis que a vida continua,

Cheia de satisfação,

Se soubermos resolver

Problemas do coração.



Se retiramos o artigo

Para dar sentido ao verso,

Vê se encontra, meu irmão,

Um outro termo diverso.



Sabemos bem que houve falhas

Em toda a apresentação,

Mas isto não incomoda

A quem tem bom coração.



Sentimos vir repetir,

Perante o caro irmãozinho,

Sempre este mesmo estribilho,

Ao completar o versinho.



Não sei onde foi parar

A rodinha da cadeira.;

Tenho agora de arrastar:

Já não corre mais maneira.



Tenho mui fraca a poesia

Que se nutre de traição.;

É bem o caso dos versos

Que consigo deste irmão.



Já é algo permanente

Que nos assusta muitíssimo

Ter o bondoso escrevente

Muita fé no nosso “-íssimo”.



Sinto muito, caro irmão,

Não deixar algo decente,

Entretanto, não desgoste,

Nem se magoe co’a gente.



Na hora da despedida,

Fique um pouco mais co’a gente,

Nem que seja p’ra escrever:

— “Até mais ver, escrevente!”



Hoje, eu paro por aqui,

Nem bem alegre nem triste,

Somente um pouco cansado

Do muito que o “cara” insiste.



Vou dar graças ao Senhor,

Quando o treino terminar.;

Por ora muito agradeço

Este suplício parar.



Pede-me o caro escrevente

Uma boa informação

A respeito do “suplício”

Que constrange o coração.



Tenho tido desvarios,

Preso dentro do versinho,

Já que me propus fazê-lo

P’ra treinar este irmãozinho.



Diz-nos ele que sofrer

Não era a sua intenção,

Pois só quis desenvolver

Uma ótima aptidão,

Para oferecer, um dia,

A quem quisesse poesia.



Vejo agora que falhei,

Perturbando o caro irmão.;

Peço-lhe, então, que perdoe,

Se lhe causei aflição.



Não tenho que perdoar

A quem tão bem vem rimando:

É uma forma de alegrar

Àquele que está treinando.



Só tenho de agradecer

Estes versinhos finais,

Que estão p’ra me fazer crer

Que não vou sofrer jamais.



Fiz, deveras, grande círculo

P’ra chegar até aqui.;

Parece que não fui longe,

Ou que daqui nem saí.



Ao Senhor devo dizer

Que estou muitíssimo grato.;

Vou-me, assim, oferecer,

P’ra fazer outro retrato.



Não saia de perto, amigo,

Pois estou já terminando.;

Repita agora comigo:

— “Senhor, estamos chegando!”



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