Masturbar-se é suicidar-se. Sai-se do limbo do desejo incompleto e entra-se na regiões das brumas outonais, que compõem o dilema do prazer. É como atravessar um rio sem que se tenha certeza que do outro lado haverá um margem segura como abrigo. Divisa onde santo e profano encontram-se. Em um momento, adorador de Onã, derramando também o sêmem pela terra, noutro, após o gozo, livre de todo a libido, pronto para entrar no paraíso.
Mais a masturbação não é somente sinônimo de sexo solitário.; ele é mais. Experimente fazer com quem você ama as chamadas "carícias mútuas". Tudo começa e termina nas maõs, puras e alvas como marfim. Mas se não for assim, terno, que podes fazer? Aproveite. Aproveite enquanto a escuma da mocidade primaveril ainda lhe dá esperanças para esperardes seu amor real.
Converse com o autor:
robisonberg@bol.com.br |