Sexo, cocô e dinheiro
Tudo efêmero, mas o sexo, o cocô e o dinheiro sempre serão eternos nessa eternidade de adorar sexo, cocô e dinheiro. Cago pra cima e espero aonde a merda cai. Corro e avisto o dinheiro, a grana colhida nos lixões de concreto com negociatas abertas. Salvo o sexo, o Deus fisiológico nessa merda de pura existência e sobrevivo a todas as ausências impostas, opostas e compostas na compostagem do bosta lançada aos quatro cantos. O cheiro da merda nas entranhas tripas, me reconheço nas tripas de meus pais com seus ais nas volúpias casuais. Casual, como a merda e enfeito as caras de todos os palhaços e os faço serem sentidos e assentidos nessa irmandade de sexo, cocô e ajoelho ao dinheiro para dar-lhe uma canelada. Faço chá da canela quebrada e uso sua dor pra parir minha flor.
Marcos Alexandre Martins Palmeira |