Sou um Ser de tempo, e ao tempo, dedico os instantes e olhares. Agradeço todos os momentos que a mim foram proporcionados, sejam quaisquer, são bússolas sem rumo para o vida efêmera de vida carente. Vivo pulsando a cada bombardeio nas minhas avenidas encarnadas de seres tantos na velocidade micro no meu corpo. Sou um Deus criado na mentira e trago argila nas mãos. Sou instantâneo, sou passageiro, e assim percebo meus semelhantes. Por ser de barro, de barro ofereço meus sentimentos, pois a ninguém jamais desejei. Se me deram água, bebi e fiz esculturas e ofereci ao mundo efêmero, minha efemeridade. Sou um ser movimento, assim como aos sentimentos não sou devoto às orações. Sigo perdido e não desejo nada, salvo as esculturas mulheres que aceno com as mãos que desejo admirar e aproveitar os instantes efêmeros. Dedico tempo ao que me abastece a fome do sexo casual. Sexo é tudo na vida do homem macho men sem mente e na mentira, vivo. Quem quiser, cave seu próprio buraco para comigo viver.
Marcos Alexandre Martins Palmeira |