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Poesias-->Absinto -- 11/09/2003 - 22:05 (Fernanda Guimarães) |
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Absinto
Nada de insólito
Dizem as minhas mãos
É sempre este sentir
À beira de abismos
Mesmo nesta manhã
Banhada de todo azul
O meu silêncio alterna-se
Com todos os silêncios
Hoje é inútil toda poesia
E até mesmo a inspiração
Que por pirraça e ironia
Escala os muros da minha mudez
Refugio-me no sótão da ausência
Este tão vazio e imenso lugar
Onde posso esquecer
Até de mim mesma
© Fernanda Guimarães
Em 09.09.2003
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