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Poesias-->27. A SENHA -- 10/09/2003 - 07:07 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Vamos, pois, principiar,

Dando tratos ao bestunto,

Para ver se conseguimos

Determinar nosso assunto.



A primeira estrofe esteve

Até que satisfatória.;

Vamos ver se prosseguimos

Nesta mesma trajetória.



A bondade é das virtudes,

Sem dúvida, das primeiras.;

Aceitem, pois, este aviso:

Unam-se às nossas fileiras.



Vamos fazer caridade,

Dando tudo o que pudermos.;

Desse modo evitaremos

Termos de pairar nos ermos.



Parece-nos ter falhado

A rima que propusemos.;

Mais sorte é o que desejamos

Com os remendos que demos.



Se não tivermos cuidado,

Iremos falhar de vez.;

Aí iremos contar

Os tercetos: um, dois, três...



Entretanto, o bom amigo

Que cuida dos nossos versos

Acabará co’os tercetos,

Dando-lhes tratos diversos.



É muito bom compartir

A jornada de trabalho

Enquanto uns pensam nas rimas,

Outros trançam o baralho.



Não podemos esquecer

Os ensinos do Evangelho,

Se não o povo vai crer

Que isso é coisa para velho.



Não gostei da poesia

Resultante dessa rima.;

Queira, portanto, amiguinho,

Reformar a quadra acima.



Terminamos uma quadra

Que pode ser nossa senha.;

Toda vez que desgostarmos,

Só diremos: — “Queime a lenha!”



De tanto “queimar a lenha”,

Irá desaparecer

Mais da metade das quadras.;

— “E o restante?” — Irá arder...



Não é nossa pretensão

Deixar algo permanente:

Só estamos dando treino

Ao nosso caro escrevente.



Até que o dia está bom

Para poesia indigesta.;

Aguardemos vir a hora

De fazer nossa seresta.



Parece que o bom amigo

Hoje está muito cansado,

No entanto, é ele que insiste

Em não nos deixar de lado.



Estou prestes a deixar

Este posto de trabalho.;

A turma que vai chegar

Que pegue duro no malho.



Vibra de satisfação

O nosso bom escrevente.;

Bate alegre o coração,

Rejubila sua mente.



Que outra mensagem daríamos

P’ra fazê-lo mais feliz?

Estendemos-lhe as mãos:

É tudo o que sempre quis!



Eis que algo belo fizemos,

Nestes dias de poesia,

Não tanto no que escrevemos,

Mas no fato da alegria.



Por isso vamos dizer

A prece de encerramento,

Exprimindo, com vigor,

Todo nosso sentimento.



Agradecemos a Deus

Estes momentos de glória.;

Prenunciamos, finalmente,

Estar próxima a vitória.



Ao médium que compartilha

Desta jornada conosco,

Pedimos, humildemente,

Perdoar-nos este enrosco.



Ergamos todos as vozes

E saudemos nosso Pai,

E peçamos: — “Nossa prece

De amor a vós, aceitai!”



Sabemos estar no fim

Esta nossa inspiração.;

Então, é chegada a hora

De abraçar o nosso irmão.



Age ele friamente,

Sem deixar transparecer

A emoção que, finalmente,

N’alma começa a crescer.



Também sente esta frieza

Com que fazemos o verso,

Sabendo que, logo após,

Vai desabar o universo.



Serão lágrimas de amor

Que se deixarão cair

Dos olhos de toda a gente

E do amigo Wladimir.



Será esta, com certeza,

Nossa última trovinha.;

Não vai ser uma beleza,

Ficará dentro da linha.;

Deixaremos sobre a mesa

A poesia arrumadinha.;

Não diremos nossa senha:

Não queimaremos mais lenha.



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