António Torre da Guia
Cabra bom de Portugal
Mata a cobra e mostra o pau
De Trás dos Montes a Leiria
Escrevendo todo dia
Tem sempre um ás na manga
No verso nunca Poe canga
Cavalga ao sabor do vento
Na mente um pensamento
Tirar da mulher a tanga.
Às vezes ele se zanga,
Mas leva na brincadeira
Com sua verve certeira
Usada como capanga
Doce azedo da pitanga
Antonio dá a resposta
Não deixa a moral exposta
Tem sua defesa assaz
Em tudo que é capaz
Naquilo que faz e gosta.
E no seu taco ele aposta,
Pois se garante e confia
Tem brilho e muita alegria
Parece ter quente a costa
Não queima, mas sempre tosta
Com grande conhecimento
Presente a todo o momento
Numa inspiração com rima
Se gosta muito ele mima
Na classe do seu talento.
Antonio não fica isento
De ser um dia atacado
Pruma briga ser tentado
Iniciando um tormento
Tornando o dia cinzento
Depois volta ao normal
Em paz é cara legal
Merece todo respeito
É excelente sujeito
Bom filho de Portugal.
Nesse apanhado geral
Faço essa homenagem
Presse vate de coragem
Num verso sensorial
Na poesia informal
Verso nessa amizade
Com muita sinceridade
Sei que lá tenho abrigo
Aqui ele tem um amigo
Que lhe tem fidelidade.
