No dedilhar da viola
O poeta pontilha sua rima
Faz o verso pensando na menina
Lamentando a sua solidão
Faz do improviso a sua profissão
E acalenta o sonho da menina
Afina a viola todos os dias
A melodia alimenta sua alma
Rima, faz a trova e improvisa
Canta, pensa e faz o verso
No ocaso do sol faz o protesto
E no empório dos livros faz a rima
O poeta que pensa na menina
Busca na solidão o seu verso
A paixão para ele é o remédio
Que alivia a dor do coração
O verso pe o sentimento da razão
O poeta é um eterno apaixonado
Amar, pensar e rimar
Nada mais será tão importante
Não existe lamento sem um cântico
A prosa, o verso e o improviso
Fazem do inocente poeta homem sabido
E faz do improviso a essência da ciência
(*) O poeta é paraibano de Itaporanga. Graduado.