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Artigos-->Fim do desarmamento: muito além da posse e do porte de armas -- 13/07/2019 - 20:56 (Lorde Kalidus) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Assunto extremamente em voga de alguns anos pra cá, acho desnecessário dizer que não apenas a maioria esmagadora da população brasileira quer o fim do desarmamento e o direito de possuir e portar armas de fogo para sua defesa como parecem estar tomando cada vez mais consciência que o desarmamento só serviu para fazer os estragos dos quais já cansamos de falar, tanto que nem pretendo dar ênfase a eles. Que o Brasil concentra cerca de 10% dos homicídios no mundo todo e que aqui se mata com armas de fogo mais do que na faixa de Gaza em pleno vigor de um desarmamento opressor e que países como os EUA e Suíça, onde a posse e o porte de armas são liberados, têm um índice de criminalidade e homicídios infinitamente inferior ao nosso, não é novidade nenhuma. Entretanto, pensando sobre o assunto e me perguntando por que existe tanta demora no tocante à lida com o assunto, cheguei à conclusão que o problema tem mais a ver com a nossa postura como povo do que necessariamente com a questão das armas em si.

Pensem na briga constante entre desarmamentistas e pessoas que querem apenas usufruir do direito de possuir suas armas para defesa de seus lares, integridade física e prática desportiva. Eu me pergunto se existe ao menos motivo para que esta queda de braço entre os dois lados exista. Particularmente, acho que não. Mas me parece que o complexo de vira-lata predominante entre os brasileiros ou, ao menos, uma boa parte deles, é tamanho que um lado tem sempre que vencer não apenas no que diz respeito ao assunto armas de fogo mas até em discordâncias quanto à moda, opção sexual, time a que se torce ou o que quer que seja. Não existe uma noção de espaço próprio e de que o direito de um termina onde o do outro começa, algo como “quem quer ter armas que tenha e quem não quer que não as tenha”. Observemos em volta e veremos que há uma dificuldade no geral e não apenas no tocante ao armamento para que exista um respeito ao espaço alheio, de forma que isso afete não apenas no que diz respeito ao direito à defesa mas, também, na nossa privacidade em geral.

Inexistência de limite entre o que é espaço público e privado é uma coisa que acaba refletindo em todos os aspectos da sociedade. O mesmo indivíduo que não tem consciência de que sua música tem de ser tocada em um local com isolamento acústico adequado para não incomodar àqueles que não apreciam este estilo musical, que não coloca seu lixo pra fora num horário em que esteja próximo da passagem do caminhão que irá recolhê-lo e, assim, evitar sujeira em espaço público, ou pior, simplesmente não tem a capacidade de jogar seu lixo imediato em uma lixeira ao passar por uma ou aguardar até que passe, entre outros pequenos aspectos que passam despercebidos, mas que revelam muito sobre um povo e a forma como isso irá influenciar em uma série de aspectos que terão maior ou menor importância no cotidiano de um povo. Como no caso do nosso interesse maior, que é a liberdade de acesso às armas; que interesse têm aqueles (falo de cidadãos como nós) que sequer sabem como dar um tiro em vedar acesso às armas aos que têm aptidão para tê-las? Egoísmo, imbecilidade ou, como os governantes em quem votam, intenções escusas?

Como numa casa, o alicerce tem que estar firme. E como uma extensão da casa é o País, onde o alicerce se chama consciência, e esta é obtida através da educação. Armas? São parte do objetivo, mas, acima de tudo, há de se preservar o direito de escolha, o verdadeiro alicerce que preservará não apenas a possibilidade à defesa, mas todos os outros.

Mantenhamos o foco... 

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