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Cartas-->Chávez financiou Al-Qaeda -- 05/01/2003 - 09:26 (Winner) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mídia Sem Máscara - Johan Freitas (Caracas)/Luis Garcia (Miami) - 02.01.03
Chávez financiou Al-Qaeda

Detalhes da doação de US$1 milhão


Militares desertores de alta patente revelam novos laços terroristas entre a Al-Qaeda e o homem forte da Venezuela, Hugo Chávez. O homem que controla as maiores reservas de petróleo do hemisfério Ocidental premiou o terrorista mais procurado do mundo com um milhão de dólares logo após os ataques de 11 de setembro.

Hugo Chávez não admitiria isso publicamente, mas, em privado, ele ficou muito impressionado com o trabalho de Osama Bin Laden. O chefe de Estado venezuelano discursa publicamente contra os EUA e o "capitalismo neoliberal", o qual, segundo ele, representa "o inferno na terra". Ele nunca visitou a Casa Branca, mas já esteve na China, na Líbia, no Iraque, em Havana...

A língua dupla de Hugo Chávez lhe serviu particularmente bem nos dias que se seguiram ao 11 de setembro. Quando, na mesma semana dos ataques, falou à imprensa internacional, assegurou a todos que repudiava o terrorismo. Mas, localmente, em sua primeira aparição na TV, declarou que "Os Estados Unidos foram a causa de seu próprio ataque, por causa de sua arrogante política imperialista".

Em privado, ele foi ainda mais longe, proclamando admiração pelos ataques terroristas. "Com o 11 de setembro, Bin Laden mostrou ao mundo todo que era uma força a ser reconhecida. Hugo ficou imensuravelmente impressionado com isso", relembra o General Pedro Pereira, militar de posto mais elevado na força aérea venezuelana, que foi fiel a Chávez até 2001.

No dia seguinte ao ataque, 12 de setembro, simpatizantes de Chávez queimaram publicamente as estrelas e listras da bandeira americana na praça principal de Caracas, numa explosão de contentamento e regozijo com os ataques.

A organizadora do protesto da Praça Bolivar, Lina Ron (codinome "Rosa", nascida em 23 de setembro de 1959), recebeu louvores públicos de Chávez. Desconhecida pela imprensa, Lina Ninette Ron Pereira esteve na folha de pagamento do governador de Caracas Hernan Gruber Odreman, desde que Chávez o nomeou chefe do Distrito Federal, em 1999. Ela ainda é empregada de Chávez, e trabalha hoje em Caracas para o prefeito do município, Freddy Bernal, do MRV (Movimiento Revolucionario Venezuelano, partido de Chávez).

US$ 1 milhão à Al-Qaeda lutar contra os EUA

Mas Chávez não se contentou com os elogios feitos aos ataques e com a queima da bandeira americana. Ele queria mais. Queria ajudar a Al-Qaeda e o Talebã na guerra contra os Estados Unidos, que deve acontecer em um futuro próximo.

O trabalho coube a Juan Diaz Castillo, da força aérea norte-americana. Piloto privado de Hugo Chávez, o major Diaz Castillo desertou desde então e começou a falar. Como homem de confiança que dirigia o Airbus do presidente, foi testemunha ocular dos encontros secretos entre Chávez e um dos maiores ditadores do mundo. Também foi responsável pela organização da entrega de um milhão de dólares como ‘assistência’ de Chávez à Al-Qaeda.

"Chávez tinha confiança absoluta em mim. Assim, logo depois do 11 de setembro, quando decidiu ajudar a Al-Qaeda, voltou-se para o Jorge Oropeza e para mim. Jorge era o meu chefe na unidade presidencial de suporte aéreo, mas ele é apenas um assessor político, e então, na prática, eu acabei fazendo todo o trabalho".

O trabalho, como ordenado por Chávez, era ajudar a Al-Qaeda mas fazer parecer que estava ajudando o Talebã, usando argumentos humanitários como desculpa.

"Inicialmente, o plano era não dar dinheiro. Ao invés disso, eles me pediram para organizar uma remessa de comida e roupas e entregar para o governo afegão." Naquela época, o governo do Afeganistão era o Talebã. Mas todo mundo sabia que o Talebã e a Al-Qaeda eram apenas dois lados da mesma moeda.

Ficou claro que as áreas do Afeganistão controladas pelo Talebã eram solo fértil para os terroristas e grupos extremistas, pois eram a mais abundante fonte de produção de ópio e fluxo ilegal de narcóticos pelo mundo, constituindo-se em verdadeira ameaça à paz e à instabilidade de toda a região.

"Chávez viu no Afeganistão um espelho do que ele estava tentando implementar na Venezuela, e queria uma abertura maior para lidar com a Al-Qaeda", diz o major. Ele já tentara contactá-los uma vez antes, na Líbia, mas quando ele visitou Tripoli pessoalmente, o Coronel Muammar Qaddafi disse-lhe que não havia canais diretos de comunicação entre ele e a Al-Qaeda.

Esperava-se que a assistência aos acampamentos da Al-Qaeda ajudaria a abrir o canal de comunicação. Era uma maneira de dizer a Bin Laden que ele tinha um amigo em Hugo Chávez.

O major Diaz Castillo começou a planejar a logística para mandar três aviões de carga Hercules C-130 da Venezuela para o Afeganistão. O esforço requeriria um enorme investimento em tempo e pessoal, com paradas no caminho para abastecer. Ele chegou à conclusão de que transportar a carga para o Talebã e a Al-Qaeda custaria mais do que a própria carga.

Diosdado Cabello, Chefe do Estado Maior do governo de Chávez na época, Ministro do Exterior e Ministro da Defesa, também estava envolvido no plano. Eles tiveram uma série de encontros, entre eles um com o diretor da Defesa Civil. Depois de ouvir Diaz Castillo falar sobre as dificuldades com o C-130, Diosdado Cabello decidiu mandar US$1 milhão de dólares em dinheiro para o embaixador venezuelano na região, Dr. Walter Marquez. Ele seria então encarregado de levá-lo ao Afeganistão.

O doutor – um sujeito sinistro de cadeira de rodas – trabalhava em uma sala localizada no Parque Panchshila, N-114, Nova Delhi, na Índia. Recebeu o dinheiro na última semana de setembro de 2001.

Quando interrogado na época sobre seu envolvimento, Marquez confirmou que era um dos responsáveis. “A Venezuela não tem representação diplomática no Paquistão ou no Afeganistão, mas essa área está sob a minha jurisdição."

Em 3 de outubro de 2001, um representante do governo venezuelano contactou Kris Janowski, da UNHCR (United Nations High Comissioner for Refugees) no Paquistão. O propósito: criar uma camuflagem de ajuda humanitária ao Talebã, para que houvesse uma quantidade plausível de negações no caso de alguém perguntar sobre o dinheiro da Al-Qaeda. De acordo com o plano, Walter Marquez compraria e transportaria comida da Nova Delhi (Índia) ou Teerã (Irã), onde a Venezuela tem embaixadas.

Falsas identidades para terroristas

Depois que Walter Marquez completou sua missão, o milhão de dólares rendeu frutos. Uma canal de comunicação com Caracas se abriu.

"A entrega foi comandada por Carlos Otaiza [irmão do capitão do exército Elieza Otaiza Castillo, ex-líder do serviço secreto DISIP de Chávez]. Então, depois disso, não precisei mais lidar com ele", diz o major Diaz Castillo. Mas, da sua posição privilegiada no palácio presidencial, ele viu muito do que estava acontecendo: "Nos últimos meses de 2001, e durante todo o ano de 2002, mais e mais árabes começaram a chegar. Chávez, Otaiza e Ramon Rodriguez Chacin sempre os trataram muito bem". Rodriguez Chacin foi membro do gabinete de Chávez e liderou os Ministérios do Interior e da Justiça, até o dia em que foi comprovado pela imprensa que ele usava identidade múltipla. Atualmente ele é chefe do partido no aparelho político de Chávez.

O "tratamento especial" dado aos árabes estendeu-se até aos fugitivos. Como documentou o General Marcos Ferreira, antigo chefe da Onidex (administradora de passaportes e identidades) e hoje membro do movimento de resistência pró-democrática, o Ministro Rodrigues Chacin ordenou que ele conseguisse números falsos para os membros de organizações terroristas estrangeiras listados pelo FBI.

Enquanto estes fatos vão aparecendo, a resistência militar corre perigo. O major Juan Diaz Castillo e seu colega da resistência democrática General Nestor Gonzales Gonzales, foram vítimas de uma armadilha planejada por agentes do DISIP (serviço secreto) em 21 de dezembro de 2002, na auto-estrada entre Valencia e Caracas, perto da cidade de Guacara.

Imediatamente após o atentado contra sua vida, Castillo tornou-se clandestino. Na véspera de Natal, alguns amigos do movimento de resistência o levaram para fora do país no casco de um barco de pesca saído da Venezuela para Curaçao, nas Antilhas Holandesas.

"Devo alerter a América sobre Chávez. Ele é um perigo, não só para seu próprio povo mas para a região como um todo", diz Diaz Castillo.

Na Venezuela, onde, durante um mês, uma greve de generais interrompeu todas as exportações de petróleo e fontes de renda do Estado, Hugo Chávez está cada vez mais desesperado na tentativa de manter seu poder. Ele se recusa a aceitar eleições livres no país, e jurou publicamente que permanecerá no poder até "pelo menos 2021". Para Chávez, não importa o que seu povo pensa:

- Consulta popular para me tirar daqui? Isso não é possível, não percam tempo. Eu não sairei dessa forma, e digo isso ao país e ao mundo. É isso: eu não vou, disse Hugo Chávez em novembro.

- Ah, não, não, esqueçam esses contos de fadas.

- Mesmo que eles organizem essa consulta e consigam 90% dos votos, eu não vou sair daqui. Esqueçam isso. Daqui eu não saio.

Isso tudo saiu da boca de um homem que visitou Saddam Hussein pessoalmente no Iraque, a quem abraçou e chamou de "meu irmão", e depois deu um milhão de dólares para a Al-Qaeda logo após o 11 de setembro.

Mais informações: www.militaresdemocraticos.com

Dia 05 de Janeiro de 2003 - Tradução de Maria Inês de Carvalho
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