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Cronicas-->Herbert -- 21/07/2000 - 22:05 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Seu nome é Jane, mas ela não gosta. Ela tem pavor das associações ao Tarzan, cada vez que é apresentada a alguém. Sem falar em um ou outro que acaba falando na Chita. Mau gosto isto de repetir sempre a piada óbvia e sem graça quando surge uma oportunidade. Muitos não se dão conta de que a oportunidade é para ficar calado.

Pois Jane chegou em casa muito alegre. Demais, com haverão de saber. Primeiro contou à mãe sobre sua decisão, depois ao irmão. Estava eufórica, ficava pulando e fazendo umas poses esquisitas. Depois ficava parada por alguns instantes. Ninguém entendia o que estava acontecendo. Coisas de jovem, pensaram.

Interpretando o silêncio de ambos como consentimento, estava imaginando como contar ao pai. Considerando que o pai é cardíaco e que os negócios não estão indo muito bem, sua mãe e seu irmão também estavam imaginando uma forma de contar o acontecido sem nenhuma baixa na família.

Pois Jane, na semana que passou, conhecera um rapaz do circo que a convenceu a acompanhá-lo em uma viagem à Europa. O plano é visitar cinco países em um ano, trabalhando como estátua de rua.

- O Quê?
- Estátua de rua, mãe. Nunca viu?
- Não, minha filha, o que é trabalhar como estátua de rua?
- Lembra aquela vez em Los Angeles na entrada da Universal? Pois aquele cara trabalhava como estátua de rua. Ele ficava lá parado em uma pose, como se fosse uma estátua. O pessoal olhava e contribuía com moedas na caixinha segurada pela mulher dele. Lembra? Você achou um barato a posição dele e até contribuiu.
- Contribuí? E você vai passar um ano segurando uma caixinha de esmolas?
- Não, mãe. Claro que não. Eu também vou ser estátua. Até já pensei em umas posições. Quer ver?

Herbert, o novo amigo de Jane, é alto, loiro, bonitão e é muito bom mesmo neste negócio de estátua de rua. Pode passar quase quatro horas imóvel em apenas uma perna, como se estivesse saltando. A sorte da mãe de Jane foi não tê-lo visto na Feira da Torre. Certamente teria contribuído, pensando como é interessante a vida destes artistas de rua. Livres, podem ir para cá e pra lá. Poderia conhecer a Europa, só fazendo isto. Poderia ter suspirado e feito um comentário com Jane.

Que sorte!


Escrito em 12.07.2000
Publicado na Seção Comentários do Cidade Virtual Brasília em 15.07.2000








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