Usina... É um lugar
De fabrico e trabalho
Para mostrar o que valho
Na arte de trabalhar
O mesmo que usinar
Com letras em português
Verbo luso que se fez
No ventre de Portus Calle
Para crescer afinal
Neste caso em usinês
Usinar é pois de vez
Um novo verbo a estimar
Já que a substantivar
Com prazer e altivez
Do popular ao burguês
Quando aqui cheguei um dia
O Usineiro existia
E era mencionado
Como escritor devotado
Ou leitor que escrevia
Pra usinar quem diria
Que é um labor infinito
O suor dom gratuíto
Vertendo com alegria
Tarde ou cedo pagaria
À vida a mesma sina
Do destino que destina
Um privilégio de graça
Mas que hoje pra quem passa
Carece de assinusina
Ora pois musicuzina
Vira o disco e toca o mesmo
É um negócio a esmo
Como cego e concertina
Ou então cordelusina
Que é a arte do versejo
Onde eu agora me vejo
Verso a verso a estender
O desejo de escrever
Prá Usina este motejo