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Contos-->Ela nunca mais apareceu -- 09/04/2003 - 00:03 (Leonardo Koury Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ela nunca mais apareceu

Quando eu a vi numa festinha, daquelas de aniversario que você esta no clima e diz para a que mais lhe agrada que está apaixonado só para contar pontos com as garotas, como essa que é o topo da história, ela toda linda, de calça e blusa preta, a blusa bem transparente e que corpo, meu Deus eu sei que não devia comentar tamanha grosseria, que corpo.
Eu como sempre o simples poeta que mesmo nada tendo de mais sempre chamo a atenção quando quero, pois seria impossível não ser visto por ela porque meu olhar a seguia por todos os cantos da casa onde ela nós estávamos.
Como sempre eu estava sozinho mesmo cercado de amigos, mas o poeta nunca está completo quando não esta amando de verdade. Eu observava aquela que por essa noite seria a minha musa e como tanto eu a observava ela começou a me perseguir com um olhar penetrante e dominador, o qual me fez gostar continuando aquela situação aonde de observador eu passei a ser o observado.
Devia ser o destino, pois tudo que eu a queria era ser sentido por ela, seus lábios os quais me faziam cada vez mais pensar nela como a musa dos meus sonhos e cada vez mais eu me sentia dominado.
Quando surgiu a possibilidade de estar do lado dela eu não pensei duas vezes porque mesmo a festa não estando tão cheia algo poderia dar errado e não era a minha intenção.
Fui aproximando dela cada vez mais e ai ela começou do nada a me evitar, eu sentei do lado dela na sacada da varanda da casa onde estava acontecendo essa festa e ela ficou de costas para mim, e eu no momento fiquei totalmente sem graça, confesso que tive vontade de desistir, mas eu já estava totalmente dominado pelo olhar daquela mulher, mas resolvi me afastar para que eu não levasse um não de forma rude.
Quando me afastei dela, olhei para traz e percebi que ela acompanhava-me com um olhar triste quase dizendo para que eu voltasse e tentasse outra vez, mas não seria essa a minha reação simplesmente voltei para onde eu estava e continuei a olhando, mas agora de forma tímida de retraída.
Talvez naquele momento eu pude estar errado, mas percebi que ela ficou profundamente espantada com a minha posição de não mais querer ir ao jogo dela e assim com essa minha intenção deixada bem clara a minha musa veio e passou perto de mim me olhando e indo para o banheiro da casa que ficava quase perto de onde eu estava.


Aquele ato proposital deu a nossa busca por um amor de uma noite um clima de que a caça conquistava seu ar de caçador e depois voltava a ser caça, numa certa falta de posicionamento no amor ninguém mais conquistava ou era conquistado, tanto eu quanto aquela bela morena de olhos e boca tão sedutores estavam no mesmo patamar da sedução.
Daí quando ela saiu do banheiro deparou com a minha presença na porta e olhou de forma como se quisesse dizer-me algo indo para fora da casa, descendo as escadas e vendo se eu a acompanhava.
Logicamente fui atrás porque aquele jogo de amor estava me deixando profundamente afetado, nem mesmo eu sabia o que eu sentia por ela, mas eu a queria de qualquer jeito por isso, talvez somente por isso eu fui ao encontro dessa linda mulher que tanto me fascinava.
Chegando lá fora ela veio à minha direção e deu-me um beijo e colocou dois dedos na minha boca calando-me e olhando para mim de forma totalmente sedutora e pecaminosa.
Ao mesmo tempo ela deu as costas para mim e saio de maneira triunfal, foi a única vez que eu achei uma saída triunfal, pois me encantava tanto pela beleza de seus passos quanto pelo que tinha acontecido conosco tempos antes dela sair.
Ela saiu dali, desapareceu da festa, mas nunca desapareceu da minha vida. Deus onde andas essa bela mulher.














Leonardo Koury Martins

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