PLANTANDO COM O MESTRE
(Por Domingos Oliveira Medeiros)
Sempre foi bom jardineiro
De certas hortas plantadas
Com mãos bem abençoadas
Dos vates, é o primeiro
Rubenio, melhor canteiro
O “alimento e o manjar”
Não se pode discordar
A certeza evidente
A poesia é semente
Seu fruto, o verbo amar
Poeta e poesia
Plantador e jardineiro
Surgem do mesmo canteiro
No “reino da primazia”
“Nas crinas da fantasia”
No seu dorso a cavalgar
A liberdade a clamar
O grito do amor presente
A poesia é semente
Seu fruto, o verbo amar
Caso raro de mistura
A simbiose perfeita
A união que estreita
Criador e criatura
Na mesma semeadura
Do solo sem precisar
De corrigir, melhorar
Germina naturalmente
A poesia é semente
Seu fruto, o verbo amar
O amor à terra natal
À família prazerosa
O verso, a rima, e a prosa
A sua amizade leal
À luta do bem contra o mal
A “flama espetacular”
Um grito de paz a soar
Pelos céus, eternamente
A poesia é semente
Seu fruto, o verbo amar
O nosso grande poeta
Anda meio sumido
Até um pouco esquecido
Da sua missão de atleta
Corredor em linha reta
De canteiros a plantar
Olimpíadas a ganhar
No coração e na mente
A poesia é semente
Seu fruto, o verbo amar
Como o exemplo da grama
Que na seca se esconde
Não se sabe ao certo onde
A paisagem sem a chama
De cinza, se veste o drama
Com muita tristeza no ar
Nada mais se pode plantar
Não vingará, certamente
A poesia é semente
Seu fruto, o verbo amar
Engano precipitado
O exemplo cai como luva
Basta um - pingo de chuva
Para o verde renovado
No solo desenganado
Tudo volta a germinar
E o bom criador a criar
O amor se fez presente
A poesia é semente
E seu fruto, o verbo amar