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Poesias-->Toques -- 02/09/2003 - 02:35 (DULCE VALVERDE) |
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Abriu-se uma fenda
e o horizonte se expandiu
Picadas na mata virgem do esquecimento
nao por ser esquecimento
mas, por ser sono preciso
Abriu-se uma vala
e nela, escorrem as aguas
da chuva de dores antigas
dum outono ligeiro
Aguas que caem sorrindo
e deixam no espaco
uma cancao de rio doce
de cheiro forte de terra
de corpo molhado tocado pelo vento
E deixam no arrepio dos seios,
sob a blusa,
o sorriso do gozo livre
que o presente acusa
(e que o futuro nao ousa recusar)
D.V.
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