Pedro Bidião e a elo universal
Estava pensativo e resolvi escrever alguma linha que tentasse tirar de mim, o que deveria ser observado. Ao ler o Evangelho Bidiônico, percebi que havia um marcador de livro que para ser mais específico, tratava-se de uma rosa seca. Isso fez-me lembrar dos espinhos que coroaram a cabeça do filho de José. Aquela coroa também poderia ter sido (não sei) de alguma roseira no qual as pétalas poderiam ter sido descartadas, sobrando apenas os caules espinhosos. Percebi então, que o mesmo pode acontecer com o coração humano. A função desses espinhos, nada mais é para nos revelar o lado nada bom da vida. Fui ao jardim paroquial e me reinventei em meio às demais espécies vegetais que lá estavam. Descobri o que já existia, entretanto não quis visualizar por mais evidente que fosse: a terra sustenta a todos e o solo é o nosso tapete. Que me seja concedida a graça de sentir barulho por entre os grãos de areia e assim, perceberei a importância de ser minúsculo e infinitamente findável. Tudo tem sua devida importância e preciosidade, ainda que só consigamos enxergar a coroa de espinhos.
Pedro Bidião de Pilar |