Leitura do livro da "quaresma": De volta ao eixo da imbecilidade humana.
Passada a época dos risos fáceis e da felicidade hipócrita exacerbada, voltemos ao eixo da nossa imbecilidade natural, de características egocêntricas e disputas normais para maquinar contra o próximo, toda a sua maldade. É a época da quaresma, no qual o filho do carpinteiro foi traído e assim como o povão volta a ser escravo dos senhores do dinheiro, dos doutrinadores políticos e dos da justiça que decidem a hora exata de cortar a cabeça do gado feliz ao abate. De volta à rotina diária onde a sobriedade livre de entorpecente socialmente admitido, do livre acesso às maquinações ordinárias econômicas e sociais, onde o povo se " julga feliz", por alguns dias ter tido a falsa sensação da liberdade de uma senzala, em que os senhores e capatazes do dinheiro, tiverem "compaixão" e se deram a folga necessária para se ver livre do cheiro do curral, onde a quietude e a ruminação prevalecem e a morte se dá de dentro para fora, sem que seja necessário qualquer golpe. Não existe golpe com misericórdia. Não pode haver significado de bondade numa palavra tão venal e egoísta, onde a ganância é o nome próprio. Então, "cristãos", voltemos a normalidade de uma hipocrisia moral e vergonhosa.
Feliz quaresma, para os "soldados fiéis do paralelismo cristao!".
Pedro Bidião Pilar |