Preocupado com o provável retorno da Inquisição nada Santa ao Ministério Público do Mosteiro, solicitei à Dom Dorus uma proposta de uma reforma única no sistema de gestão que atendesse aos mais rejeitados que se encontravam além da linha de transmissão Bidiônica. Esses seres, ora estavam acima, ora abaixo mas nunca conseguiam uma conexão segura, apesar dos avanços tecnológicos. Essa tal tecnologia apenas equilibrava as contas públicas dos já privilegiados que ainda achavam pouco e planejavam comandar e colocar torres de controle nas muralhas do Mosteiro.
Dom Dorus, pediu um pouco de tempo para analisar o comportamento do mercado financeiro que fazia festa na bolsa de valores com uma nova proposta previdenciária de que religiosos teriam que adiar por mais uma década, a aposentadoria. Certo tempo depois, Dom Dorus solicitou uma audiência com Bidião para apresentar um projeto de realinhamento nas contas da sacristia Bidiônica, através de uma reforma interplanetária que provocasse a subida dos que estavam ao chão e a descida dos que estavam aos céus. Apenas uma mudança estratégica de posição para a promoção de uma empatia que alterasse as condutas além do Mosteiro. A proposta foi aprovada e encaminha à pastoral da economia Bidiônica sob a supervisão da falida Major Lalá que não era de lá, mas estava abaixo da linha de transmissão ecumênica da nobreza ortodoxa. Entretanto, a pastoral só iria publicar no diário oficial após o carnaval e às vésperas da semana santa para que os seguidores bidionicos não entrassem em conflito aberto naquilo que já fora fechado.