Em duas partes o meu amor se resume,
Em duas vidas procuro o cume. E a todo instante, quando o sol assume a manhã os meus olhos dizem alegria, o meu peito fantasia e todo o meu corpo é teu.
A boca beija, morde e cala, de repente.
A fome repete o apetite, e toda a alma fica iluminada.
Mas quando vem a chuva, a chuva da tarde, parece tudo ser em outro dia. Os meus olhos dizem alegria, o meu peito fantasia e todo o meu corpo é teu.... a boca beija, morde e fala. A fome repete a tara e toda a minha alma fica iluminada.
Quando a noite vem... estou só, e aí começa o meu escuro... os meus olhos dizem lágrimas, o meu peito feri de tristezas e todo o meu corpo, é de ninguém.
Não há fome, nem saída.
Há umas misérias prontas, consubstanciadas por uma dor absurda.
A minha vida se resume a uma agonia constante, consubstanciada por uma prisão absoluta.
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