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Artigos-->Adeus, Jair Lotto! -- 06/02/2019 - 16:04 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos





Adeus, Jair Lotto!


Alcyr Matthiesen (*) Jair Lotto, em 25 de março de 2011, na praça Barão de Araras, lendo a Folha de S. Paulo e tomando seu cafezinho no banco (substituído) da extinta Viação Godoy Com tristeza ocorreu na madrugada de sábado, dia 2, o falecimento de Jair Lotto. Internado com problemas de saúde, os médicos fizeram de tudo para salvá-lo com todos os recursos da medicina. Todavia, Jair não resistiu. Ele era um dos meus amigos mais afáveis. Muito alegre e de bem com a vida, quando não estava no Jardim Público, Clube Ararense e outros locais junto a seus conterrâneos, estava sempre contando piadas e fazendo trocadilhos inteligentes e engraçados. Chegou até a inventar a “TV-Color”, um projetor que enviava imagens de propaganda, durante anos, sobre a banca de jornais do “Caju”. Filho de Dona Mazé e do Quicha Lotto, ou seja, Dona Maria José e Antônio Lotto, teve dois irmãos: Jadil e Maria da Penha. Certo dia, um japonês paulistano apareceu de lambreta. Chegando em Araras, uma cidade para ele desconhecida, pediu-lhe informações. O japonês identificou-se como Tachio Noro e Jair, vendo-o meio perdido numa cidade desconhecida, ofereceu-lhe para conhecer o Clube Ararense e posar em sua residência, mas, esquecendo seu nome, chamou-o por Jorge. E o nome pegou. O japonês adorou Araras e passou a ser sócio do clube, conhecendo diversos amigos, como eu, Osíris Martinelli, Fábio e Élcio Faggion, bem como outros amigos, mas para Jair o nome do japa era “Jorge” e todos os fins de semana Noro estava aqui, passando a fazer parte de meu rol de amigos. Jair escrevia páginas e um livreto, com piadas, cacofatões e frases hilariantes, os quais presenteava os que lhe eram caros. Amigo íntimo de meu primo Fábio Faggion, ambos mantinham a aspiração de enriquecerem em algum ramo. Para isso, prestaram exames de madureza e, posteriormente, surgiu o desejo de montarem uma indústria de extração de óleo de laranja. Dedicaram-se meses ao projeto, mas a falta de dinheiro os fez desistirem do negócio. Fins de semana e às noites, juntava-se à nossa turma e fazia parte de todas as inovações do Osíris, ir no clube, ao cinema, viajar, participar de times de basquete e rodar pela cidade em busca de qualquer lazer. Às vezes frequentava o rancho de pescaria junto à turma de Zé Chiaradia e levava todos a rirem até alta madrugada com suas piadas e brincadeiras. Um sábado, a noite foi desastrosa (no ano de 1968). Rodando pela cidade com dois amigos: Pepe Carrascosa e Jaime Godoy, um Simca de outra cidade corta-lhes a preferencial e choca-se no meio da DKW em que se encontravam (na esquina das ruas Nunes Machado e Dr. Armando de Salles Oliveira). E Jair é arremessado violentamente contra um poste ou guia da sarjeta. Jair ficou desacordado e em coma com fratura de crânio e durante cerca de 60 dias todos esperavam a sua morte. Mas, para nossa alegria, Jair acordou. Não se lembrava de nada, mas o acidente deixou sequelas. Passou a andar com dificuldades devido à lesão no crânio, mas seu pai, Quicha Lotto, foi o grande fisioterapeuta. Incansável, durante meses, o fez exercitar-se em difíceis caminhadas até a avenida do Filtro. Com a morte de seus pais continuou a exercitar-se, todas as tardes no gramado da AAA (Associação Atlética Ararense) e, recuperado, perambulava pela cidade com suas citações engraçadas. Doente, faleceu dia 2 passado, após dias internado. Hoje deve estar em uma estrelinha contando piadas para seus amigos de turma que já se foram. Adeus Jair! De nossa turma do Clube Ararense você passou a fazer parte de 12 amigos já falecidos. (*) Alcyr Matthiesen é biólogo, professor universitário aposentado e historiador de Araras, nossa cidade natal. Fonte: OPINIÃO JORNAL/Variedades, Araras (SP), quarta-feira, 06/02/2019, página 5. ________________________________________ “Fora da VERDADE não há CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!” LUIZ ROBERTO TURATTI.





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