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cronicas-->O CEP e o email -- 21/12/2002 - 21:04 (Francisco Libânio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O CEP e o email
Francisco Libànio

PRES. PRUDENTE, 16-12-02 - Hoje, durante a tarde, fui para um dos locais nesta cidade em que mais me sinto em casa: a Agência Central dos Correios. Fui postar dois cartões de Natal para duas amigas minhas conhecidas na Internet. Só no meu escopo já percebi o paradoxo: Lançar mão de um método convencional (um menino de dez anos diria na minha cara jurássico) para fazer presença onde cheguei através dos meios "virtuais".
Chegando lá, qual não foi minha surpresa, encontrei a agência lotada. Gente pelos burburinhos. Tá, não era tanta gente assim, mas tinha gente! Ao chegar, peguei a senha D765 para ser atendido. O "D" especifica serviços como postar cartas, pagar contas, comprar aerogramas de Natal, etc. Por curiosidade "A" designa clientes preferenciais como idosos gestantes e deficientes e "B" classifica a turma que vai mandar sedex. Vou me ater ao "D", categoria em que me incluí. O primeiro "D" da fila que cheguei a ser atendido era o 744. Ou seja, vinte e uma pessoas estavam na minha frente. Vale citar que os guichês não são separados por categorias como as senhas, então do D745 pulou-se para o B322. Não contei quantos eram os outros, mas dá para se ter um idéia de quantas pessoas estavam por lá.
O que me chamou a atenção foi o exato fato de tanta gente ainda usar carta, cartão postal, cartão de Natal para se corresponder e mandar os emails, as www e tudo o mais que for virtual para os quintos.
Logo que aconteceu o boom da Internet alguém já especulou (ou profetizou, já que muita gente foi nessa conversa) que com o advento da Rede Mundial os serviços de correio estavam fadados ao fim. O e-mail ia suplantar o p-mail (postmail, o correio tradicional) em alguns anos. A realidade parece ser outra muito contrária.
A explicação é simples. Consegue-se mandar uma carta, um poema, um curriculum via mail, mas não um livro, um carro ou uma simples maçã.
Os correios acabaram sendo os maiores favorecidos nas transações virtuais, afinal a ECT não precisa dar o número do cartão de crédito correndo o risco de ser bisbilhotado por hackers mal intencionados. Ela fica só esperando. O sujeito vai no site tal, compra uma coisa qualquer, dá lá o número do cartão e a empresa manda. Os correios apenas transportam a mercadoria. Mais, ganham com isso. Mais ainda, e muito bem, obrigado!
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O comércio virtual é assim mesmo e vive disso, mas tem algo que a Internet conseguiu construir ao lado das amizades virtuais: os presentes, que podem ser virtuais ou reais!
O leitor que tem Internet já deve ter recebido um cartãozinho virtual por qualquer data ou motivo especial, certo? Site para isso é o que não falta. Mas, e presente real, palpável, já? Sei de casos de gente que já recebeu livros, cds, lembranças de outra pessoa que está em outro lugar distante e nunca tiveram o prazer de se ver, mas tiveram a preocupação de levantar o traseiro da cadeira e comprar um presente para outrem.
Hoje, quando estive nos Correios em Prudente fui mandar dois cartões de Natal para pessoas que - infelizmente - nunca vi pessoalmente, mas por quem guardo um grande carinho. Não sei se era essa a razão que levou tantas pessoas a ser "D" comigo. Ou "B". Mas de uma coisa eu pude ter certeza ao analisar toda a história que vivi hoje: Para contatar qualquer amigo seu é indispensável que se tenha o e-mail dele, mas se você não souber o CEP da casa dele - e nem ele o seu - aquele cd que você viu na loja e trouxe o amigo à memória vai continuar na loja e seu amigo, na memória.

16/12/02
10:30 PM
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