Que as águas morna, turvas e poluídas da Lagoa Manguaba resistam às ações predatórias do humananimal. Que a moça sereia continue a encantar o mar e a amar as terras beijadas por ondas atlânticas.
Que os marisqueiros continuem o ofício que enriquece a culinária alagoana. Que Djavan continue a ver o pôr do sol, lindo como ele só numa tarde em Pajuçara.
Que as piscinas naturais continuem a receber mergulhos de outras praias e que as raias continuem o nado da paz. Que a poesia viva reencarne em mais talentos. Que a liberdade de viver bem, continue a propagar ao fazê-lo, sem ver a quem. E que alguém desperte e doe sem esperar o retorno, pois lei ele tem e não somos ninguém sem o amar o próximo. Que minha Pilar continue em minhas boas recordações naquela foto de meu pai e mãe, ouro de mina, ao lado daquele pequeno de calça curta que hoje celebra o dom da vida e de encerramento de mais um ano com a expectativa de um novo ano com uma realidade em que o levantar e o sacudir a poeira, sejam uma constante na vida de todos.