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Cronicas-->Mais sujeira -- 21/12/2002 - 11:33 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não bastasse o mar de denúncias que invade nosso parlamento, dizem que na próxima edição da Revista Veja será divulgada mais uma bomba, esta sim capaz de melindrar não dois, mas dezenas de senadores. Consta inclusive que já há uma investigação paralela feita internamente sob sigilo absoluto.

Em primeira mão, devo dizer que se comenta que em pelo menos dez mesas do plenário do Senado, foram identificados chicletes já mascados grudados na parte inferior. A partir da denúncia, em segredo, foi feita uma auditoria para verificar se a parte de baixo das mesas do plenário estavam limpas. Naturalmente, neste momento delicado que atravessa o Senado, qualquer nova sujeira que apareça seria inadmissível, seja pela porcaria em si, seja pelos gastos que envolvem sua remoção, sem falar na vergonha que tal procedimento pode causar à instituição.

Uma análise detalhada foi feita e o laudo é incontestável, apresentando mesmo alguns exames bioquímicos. Dizem que fizeram até exames de DNA. As conclusões podem ser resumidas: há chicletes mascados grudados sob as mesas de pelo menos 25 senadores e, em pelo menos cinco casos, detectou-se, além dos chicletes, melecas de nariz. Se a presença do chiclete é imperdoável, a da meleca era intolerável. Vale dizer que neste particular houve dúvida. Houve quem dissesse que a meleca era imperdoável e o chiclete intolerável, o que deu margem para que fosse criada uma subcomissão.

Anexada ao laudo, a lista das mesas com o nome dos parlamentares e uma ou mais letras ao lado de cada nome: C para chiclete, M para meleca e N para nada. Não era uma lista qualquer, destas que mesmo sem serem vistas conduzem a processos. É uma lista com timbre e assinatura. Uma lista com L maiúsculo, como se diz. Assim, anexada ao laudo, naturalmente, a lista era muito constrangedora e não poderia ser divulgada sob pena de um completo desprestígio ao Senado e seus integrantes. Que fazer? Em nome do Estado seria melhor esquecer aquilo tudo, afinal, eram melecas pequenas e os chicletes eram privados e todos sabem que uma melequinha só não faz mal.

A solução adotada então foi rasgar a lista e o laudo. Só por garantia, para evitar acusações de cumplicidade ou omissão, três faxineiras foram despedidas a bem do serviço público.

O segredo foi mantido mas lá comenta-se, com risos camuflados, que um dos senadores mais elegantes tinha "M" ao lado do seu nome.


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